No mundo corporativo, algumas expressões se popularizaram e hoje vou falar sobre uma delas. Frequentemente você já deve ter escutado em alguma reunião a expressão “fruta baixa” (low-hanging fruit) ou algo do tipo “vamos começar pelo mais fácil”. Parece lógico, prático, até eficiente. Mas a realidade é mais dura: se mal aplicada, essa lógica pode ser o atalho mais rápido para a complacência e até para a obsolescência da organização.
A confusão entre “fruta baixa” e “vitória rápida” é comum, mas perigosa.
Uma pesquisa da Product School aponta que times que diferenciam corretamente os dois conceitos aumentam em 40% a efetividade de seus sprints ágeis. Já equipes que confundem os termos gastam até 30% do tempo em tarefas triviais, sem contribuição real para os objetivos de longo prazo.
A primeira lição é clara: nem tudo que é fácil gera valor.
O Poder Psicológico do Progresso
E não se trata apenas de estratégia, mas também de psicologia: nosso cérebro reage de forma poderosa às pequenas vitórias.
Segundo o estudo de Teresa Amabile e Steven Kramer (Harvard Business School), o fator mais importante para a motivação no trabalho é o progresso diário em algo significativo. Em 76% dos melhores dias de seus participantes, o avanço — mesmo que pequeno — foi o elemento central.
Por isso, precisamos criar cenários de progresso contínuo, mas também blindar as equipes contra derrotas desnecessárias.
Se a teoria fosse totalmente ruim, ela não teria se popularizado. Há contextos em que colher frutas baixas faz sentido. Para ficar mais claro, alguns exemplos práticos:
Esses são os verdadeiros quick wins: baixo esforço, mas impacto real.
Mas nem sempre o mais fácil gera resultados sustentáveis. Existe um preço oculto na simplicidade excessiva:
Um relatório da Esri (2023) chama isso de “o alto custo da fruta baixa”: organizações que focam demais no simples perdem competitividade quando o jogo muda.
Então, como aplicar a teoria de forma saudável?
A fruta baixa deve ser catalisador, não destino.
A fruta baixa pode ser doce — mas também pode estar verde, ou bichada.
O papel do líder é saber quando colher o fácil para gerar tração e quando direcionar a energia para construir a escada que leva aos frutos mais altos.
O futuro não pertence aos que colecionam tarefas fáceis, mas aos que transformam vitórias rápidas em combustível para os projetos de impacto real.
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