Vamos encarar a realidade: essa ideia de “equilibrar todos os pratos” pode ser uma armadilha corporativa que só serve para alimentar culpa e ansiedade. Quem tenta dar conta de tudo não entrega nada com excelência.
O conceito de work-life balance virou uma obsessão vazia. Segundo o Work Trend Index 2025, 74% dos executivos vivem em exaustão de prioridades, e 85% admitem que não sabem quais são as 3 iniciativas mais críticas da empresa. Isso não é liderança, é sobreviver em meio ao caos.
A vida real não tem equilíbrio estático. Líder maduro não tenta segurar tudo: ele escolhe onde vai investir energia e quais pratos vão, sim, cair. Isso não é incompetência. É estratégia.
Não existe “multitarefa eficiente”. Cada troca de tarefa custa 20 a 25 minutos para recuperar foco (APA). No fim do dia, é como trabalhar com metade da capacidade.
Estudos de Stanford mostram que multitarefas cometem 40% mais erros e levam 50% mais tempo para terminar o mesmo trabalho. Ou seja: seu time pode estar se esforçando muito… e entregando menos.
Quanto mais prioridades, menos resultado. A McKinsey mostrou que empresas com foco em até 3 prioridades têm 30% mais chances de superar concorrentes. Já as que tentam fazer tudo, falham: 69% dos projetos estouram prazo ou orçamento (PMI 2023).
Segundo a Microsoft, o trabalhador médio recebe 150 mensagens por dia e passa 57% do tempo em comunicações. Chamam isso de colaboração. Eu chamo de desperdício.
Se você não corta esse excesso, não sobra espaço para o estratégico. Seu time fica preso correndo atrás da próxima notificação.
Liderar não é colecionar iniciativas, é escolher quais não valem a pena. Warren Buffett já disse: “A diferença entre pessoas de sucesso e pessoas de muito sucesso é que as de muito sucesso dizem não para quase tudo.”
Mas segundo a Deloitte, 70% dos líderes têm dificuldade em dizer não. Resultado: recursos espalhados, energia diluída, times esgotados. O “não” é um escudo estratégico.
Peter Drucker já ensinava nos anos 80: empresas precisam praticar o Organized Abandonment. Ou seja: revisar constantemente produtos e projetos e cortar o que só sobrevive por hábito.
Empresas que fazem isso são 2,5x mais propensas a crescer de forma consistente (HBR). O líder que não tem coragem de abandonar está apenas adiando a decadência.
Segundo a McKinsey, 60% do tempo dos gestores vai para atividades de baixo impacto. É o ciclo vicioso: apagar incêndios todo dia e nunca construir o futuro.
Uma ferramenta simples pode salvar sua estratégia:
Organizações que aplicam frameworks de priorização reduzem 36% do retrabalho e aumentam em 25% a velocidade de execução (PMI 2023).
O método MoSCoW funciona porque institucionaliza o Won’t Have – aquilo que não vai entrar. Essa clareza protege contra promessas vazias e mantém o foco no que realmente move o ponteiro.
Em 1996, a Apple perdeu US$ 816 milhões. Quando Jobs voltou, encontrou 15 linhas de produtos, sem foco, sem futuro. Decisão: cortar 70% da linha e apostar em apenas quatro.
O resultado foi imediato: em 1998, lucro de US$ 309 milhões e o lançamento do iMac. Depois vieram iPod, iPhone, iPad. A empresa que estava quebrada se tornou a primeira a valer US$ 3 trilhões em 2023.
Jobs não salvou a Apple tentando equilibrar todos os pratos. Ele deixou a maioria cair para que alguns brilhassem.
Bezos poderia ter sido “a loja de tudo” em 1994. Preferiu começar com livros. Essa escolha permitiu criar excelência em logística e foco extremo no cliente.
Resultado: expansão gradual e sólida. O marketplace em 2000. A AWS em 2006. Hoje, a AWS gera 70% do lucro operacional da Amazon e fatura mais de US$ 90 bilhões anuais.
O Nubank começou em 2013 focado em um único produto: cartão de crédito sem anuidade. Resistiu à pressão de virar “super app” cedo demais. O foco criou confiança.
Em 2024, atingiu 100 milhões de clientes, se tornando o maior banco digital do mundo. Menos foi mais.
Nos anos 70, a Toyota cortou estoques em até 80% com o Just-in-Time. Muitos acharam suicídio. O resultado? O sistema de produção mais eficiente da história e uma indústria inteira que copiou seu modelo.
75% dos CEOs globais dizem que a maior dificuldade não é escolher o que fazer, mas o que parar de fazer (PwC 2024). Essa é a essência da maturidade estratégica.
Três pontos são inegociáveis:
Liderar não é segurar pratos. É escolher quais pratos merecem a mesa. O resto pode e deve cair.
No fim, ninguém vai lembrar quantas frentes você tentou cobrir. O que importa é o que ficou de pé. E essa é a régua verdadeira da liderança.
Nos últimos anos, um movimento tem ganhado espaço nas redes sociais: o do “conteúdo cru”,…
Vício da notificação. O som discreto. A tela que pisca. A vibração no bolso. Pequenos…
Você já reparou como nos pegamos falando, às vezes secretamente, que nosso cafezinho da manhã…
Rotinas simples antes de dormir ajudam a combater a insônia, melhorar o humor e garantir…
No mundo corporativo, algumas expressões se popularizaram e hoje vou falar sobre uma delas. Frequentemente…
Evento é oportunidade de atrair clientes e ampliar a visibilidade dos estabelecimentos