Dia dos namorados
Bares e restaurantes têm expectativas positivas para o faturamento durante o Dia dos Namorados. Embora a situação do setor tenha melhorado em abril, ainda há um alto número de estabelecimentos operando com prejuízo.
No entanto, o mês de junho promete ser lucrativo para o setor, especialmente devido à data comemorativa mencionada. De acordo com uma pesquisa nacional realizada pela Abrasel, a maioria dos empresários do ramo espera um aumento nas receitas em comparação com o ano passado, sendo que muitos acreditam em um incremento de até 30%.
A pesquisa contou com a participação de 2.141 proprietários e gestores de bares e restaurantes de todas as regiões do Brasil.
Conforme afirmado pelo presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, o Dia dos Namorados geralmente representa o dia de maior faturamento do ano para muitos estabelecimentos do setor.
Com base nisso, há uma grande confiança em alcançar receitas superiores às do ano passado.
No que diz respeito à situação econômica das empresas do setor, houve uma melhora significativa em relação aos meses anteriores.
Em abril, houve uma redução de seis pontos percentuais na proporção de estabelecimentos. Quanto às empresas que operaram em equilíbrio, representaram 41%, enquanto 37% obtiveram lucro. Um percentual de 1% das empresas pesquisadas não respondeu ou não existia em abril.
É encorajador perceber que houve uma redução no número de empresas operando com prejuízo nos últimos meses, retornando aos níveis registrados no final do ano passado, embora ainda seja um número considerável.
Diante disso, é crucial ressaltar a importância de programas de auxílio, como o PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), e lutar pela reabertura da inclusão no Cadastur, para que o programa possa abranger um maior número de estabelecimentos, como complementa Paulo Solmucci.
No que se refere aos empréstimos, a pesquisa revelou que atualmente dois terços (66%) dos estabelecimentos consultados possuem empréstimos contratados, sendo que 67% deles obtiveram crédito pelo Pronampe.
Após a promulgação da nova lei em abril, que permite a prorrogação dos prazos de pagamento junto aos bancos, 11% solicitaram renegociação e obtiveram sucesso, enquanto 9% estão aguardando resposta. Por outro lado, 11% solicitaram e não conseguiram renegociar, e 70% ainda não fizeram a solicitação.
A inadimplência em relação ao programa é de 14%, acima da média do mercado, que é de 4,1%. Para poder honrar compromissos mais urgentes, os estabelecimentos têm deixado de pagar dívidas, principalmente aquelas relacionadas a impostos federais.
Em suma, apesar da melhora no cenário econômico, muitos estabelecimentos ainda enfrentam desafios financeiros e buscam alternativas, como programas de auxílio e renegociação de empréstimos, para garantir sua sobrevivência e sustentabilidade no mercado.
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