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Como adaptar sua rotina de skincare ao inverno

Como adaptar sua rotina de skincare ao inverno

Menos regras, mais intenção: o cuidado com a pele no frio passa por suavidade, consistência e escolhas realistas

O inverno começa oficialmente no Brasil no dia 20 de junho, mas o frio já chegou às ruas, ao guarda-roupa e à rotina de quem sente na pele — literalmente — os efeitos das baixas temperaturas. Nesta época do ano, é comum observar mudanças no corpo e no comportamento: a água do banho fica mais quente, a ingestão de líquidos diminui e a exposição ao sol é reduzida.

O impacto da alimentação neste período também é um fator de atenção, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Tudo isso influencia a saúde da pele. E é nesse ponto que o skincare precisa ser revisto, adaptado e simplificado.

Mais do que fórmulas prontas, o cuidado com a pele no inverno exige observação, com um olhar mais gentil sobre as próprias necessidades. Não se trata de criar um ritual de quinze passos ou de investir em cosméticos caríssimos. Mas sim de entender o que muda no corpo durante essa estação e como pequenas ações podem colaborar para manter o equilíbrio, o conforto e o bem-estar da pele.

O inverno e seus efeitos sobre a pele

A pele é o maior órgão do corpo humano e responde rapidamente a mudanças ambientais. No frio, há uma queda natural na produção de sebo, o que reduz a lubrificação da pele e favorece o ressecamento. Além disso, o vento e o ar mais seco diminuem a umidade do ambiente, criando uma combinação que favorece a perda de água pelas camadas superficiais da epiderme.

Esses fatores somados a hábitos comuns do período, como banhos mais quentes, menor exposição solar e uso frequente de tecidos sintéticos, geram consequências visíveis: descamação, aspereza e até pequenas fissuras. Em peles sensíveis ou já fragilizadas, como as que apresentam dermatites ou rosácea, esses sintomas podem se agravar.

Por isso, é importante compreender que o inverno pede uma mudança de ritmo. O skincare deixa de ser uma etapa estética e se aproxima de uma necessidade fisiológica: proteger, hidratar e manter o equilíbrio da pele. Mas isso não significa, necessariamente, seguir tendências ou criar rotinas elaboradas.

Cuidados essenciais: o que manter, o que adaptar

A base de qualquer cuidado com a pele continua sendo a mesma, independentemente da estação: limpeza, hidratação e proteção. Mas no inverno, cada uma dessas etapas exige uma atenção específica.

Limpeza

É comum associar a sensação de “pele limpa” ao uso de sabonetes mais potentes ou à espuma abundante. Mas no frio, o ideal é optar por produtos mais suaves e agentes de limpeza não agressivos. Sabonetes em gel ou creme são boas opções, especialmente aqueles que indicam ação hidratante ou calmante. 

Evitar água muito quente também é essencial. A temperatura elevada remove a oleosidade natural da pele de forma excessiva e pode gerar o efeito rebote — quando o corpo entende que precisa produzir ainda mais sebo para compensar a perda.

Hidratação

Este é, sem dúvida, o ponto-chave do skincare no inverno. O uso de hidratantes deve ser mantido ou até intensificado. Para peles secas, fórmulas mais densas, com manteigas vegetais (como karité ou cupuaçu), ceramidas e óleos naturais ajudam a manter a hidratação por mais tempo. Já para peles oleosas ou acneicas, a hidratação não deve ser deixada de lado — apenas ajustada com produtos oil-free, à base de ácido hialurônico ou pantenol.

Um ponto importante é o momento da aplicação: logo após o banho, com a pele ainda úmida, os ativos são melhor absorvidos e formam uma barreira mais eficaz contra a perda de água.

Proteção solar

Mesmo com menos sol aparente, a proteção contra os raios UV continua sendo indispensável. A radiação ultravioleta A (UVA) permanece presente durante todo o ano. Ela atravessa nuvens e vidros e é responsável pelo envelhecimento precoce da pele. Além disso, quem faz uso de ácidos ou procedimentos dermatológicos precisa de proteção constante para evitar manchas e sensibilizações.

No inverno, muitas pessoas sentem a textura dos protetores como incômoda — especialmente em dias frios e secos. Por isso, vale buscar fórmulas mais leves, com toque seco, ou protetores hidratantes com cor, que unem dois passos em um só.

Skincare com mais consciência

Nos últimos anos, o skincare ganhou espaço nas redes sociais, com vídeos, tutoriais e tendências que muitas vezes mais confundem do que ajudam. O que era para ser uma rotina acessível e intuitiva passou a ser, em alguns casos, um roteiro quase performático — com nomes difíceis, sobreposição de ativos e uma busca incessante por resultados rápidos.

No inverno, essa lógica se mostra ainda mais delicada. Isso porque peles sensibilizadas tendem a reagir com mais facilidade a produtos agressivos, e o uso indiscriminado de esfoliantes ou ácidos pode causar danos em vez de benefícios.

A dica é simples: menos é mais. Evitar excessos, respeitar os sinais da pele e focar em consistência ao invés de imediatismo costuma trazer resultados melhores — tanto para o rosto quanto para a saúde mental de quem cuida dele.

Ritual, pausa e reconexão

Cuidar da pele também é, em muitos casos, uma forma de pausar. No meio da correria, ter um momento no dia em que seja possível parar por alguns minutos para aplicar um hidratante, massagear o rosto ou observar pequenas mudanças é uma maneira de retomar o contato consigo mesmo. No inverno, quando o ritmo do corpo muda, esse tempo de autocuidado pode ser ainda mais necessário.

É nesse ponto que o skincare deixa de ser apenas uma questão de produto e se torna um espaço de escuta. Escutar o corpo, entender o que ele pede, perceber o que funciona ou o que irrita, aceitar dias em que a pele reage de forma diferente.

Criar esse espaço, mesmo que pequeno, já é um gesto de bem-estar.

Cuidados acessíveis e possíveis

Outro ponto importante quando se fala em skincare no inverno é a acessibilidade. O mercado oferece uma grande variedade de produtos, mas isso não significa que seja preciso investir alto para manter a pele saudável. Há bons hidratantes corporais e faciais com preços acessíveis, disponíveis em farmácias e supermercados, que cumprem bem seu papel.

Entre os ativos com boa performance e custo equilibrado estão a ureia (ótima para peles muito ressecadas), o ácido hialurônico (que ajuda a reter água) e o pantenol (que acalma e regenera). Também é possível incorporar cuidados naturais, como compressas com chá de camomila em peles irritadas ou o uso de óleos vegetais puros — desde que com orientação adequada.

Importante lembrar: o foco não é a marca, o preço ou o frasco bonito. É a função que aquele produto cumpre dentro da sua rotina.

Quem pode ajudar

Embora grande parte dos cuidados possa ser feita em casa, consultar um dermatologista é sempre indicado — especialmente em casos de pele sensível, doenças pré-existentes ou dúvidas sobre quais ativos utilizar. O acompanhamento profissional ajuda a montar uma rotina personalizada, evita desperdício e previne reações indesejadas.

Muitas clínicas e consultórios oferecem consultas populares ou em parceria com instituições de ensino, o que pode tornar esse cuidado mais acessível.

Pele viva, rotina real

No fim das contas, o skincare no inverno não precisa ser complicado. A rotina ideal é aquela que cabe no seu tempo, no seu bolso e nas suas necessidades. Cuidar da pele é também um ato de respeito com o que se vive. E o frio, apesar de exigente, pode ser um bom lembrete de que o corpo precisa de atenção — não só no que mostra, mas no que sente.

Pele boa não é sinônimo de perfeição. É sinônimo de cuidado. E cuidado, no frio, tem mais a ver com constância do que com fórmula mágica.

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lucasmachado

Editor-chefe. Lucas Teixeira Machado (Belo horizonte 03 de Marco) escritor e poeta brasileiro, profissional de comunicação, palestrante e colunista de Life Style. Nascido em Belo Horizonte – Minas Gerais, cursou economia na Pontifícia Universidade Católica (Puc – Minas) e Marketing no Centro Universitário UNA. Graduou-se em teologia no Seminário teológico Carisma. Viveu na Califórnia, onde estudou a língua e cultura Americana na Okland University e San Jose City College - Silicon Valey. No México estudou a cultura Indígena em Mazatlán município do estado de Sinaloa, além de ser diretor de estilo na reconstrução da marca Venados Store - Venados Baseball Club. Foi diretor de Marketing de empresas no Brasil como: Probank, Engetec e Metalvest. É especialista em Marketing de incentivo, conteúdos digitais e Biografias através de escritas criativas..

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