Mulheres no futebol
O futebol é o esporte que possui maior significância e representatividade no Brasil. A expressão feminina dessa modalidade, apesar de não ter a mesma popularidade, tradição e investimentos, vem crescendo de forma exponencial.
Recentemente fomos campeãs sul-americanas invictas e sem tomar um gol na categoria sub 17 sob o comando da medalhista olímpica Simone Jatobá. Há alguns anos FIFA, Conmebol e CBF praticam novas regras para suas competições envolvendo a modalidade feminina.
E no mês da mulher evidenciamos as flores e os chocolates. Contudo, a data de 8 de março significa a luta pela equidade.
E com o alcance cada vez maior de mulheres nos clubes de futebol, um ambiente previamente hostil à presença feminina, surgem neste cenário campanhas de inclusão da mulher. Neste mês vimos a intenção de que a mulher “possa estar onde ela quiser”.
Porém, pelos dados estatísticos de representatividade, percebe-se que às oportunidades ao protagonismo feminino no futebol ainda se mantêm baixas.
Assim, são poucas mulheres no comando de equipes femininas de futebol e menos ainda temos nas categorias masculinas. Na área da saúde observamos quantitativo maior, mas especialmente nos departamentos de nutrição, psicologia e assistente social. Médicas atuando no futebol, somos poucas.
Entretanto as divergências na modalidade superam as questões pertinentes às oportunidades, investimentos, aspectos sociais, midiáticos e psicológicos que permeiam o futebol masculino e feminino.
Há, também, questões táticas, técnicas, físicas, antropométricas, bioquímicas, fisiológicas e, por conseguinte, vão delinear características específicas da atleta de futebol feminino e suas lesões comparativamente ao ambiente do futebol masculino.
É consenso que o futebol arte tem sido substituído por um futebol força, sobretudo com aumento das exigências físicas: jogos mais intensos, treinos envolvendo campos reduzidos, capacidade de aceleração rápida, alta velocidade de corrida, boa habilidade para saltar, força explosiva dos músculos de membros inferiores, resistência de velocidade.
Aliado a essas exigências, há aumento do número de jogos e de horas dedicadas às sessões de treinamentos. Desta forma, esse cenário favorece o incremento estatístico de lesões ortopédicas traumáticas e por sobrecarga.
Em síntese, outra perspectiva significativa a ser descrita é a análise biomecânica da mulher atleta. Há diferentes ajustes ao chute inerentes de pisada, valgismo, características do quadril e de composição corporal.
Temos evidências na literatura sugerindo que, durante a desaceleração de movimentos esportivos, as mulheres apresentam menores ângulos de flexão do joelho no contato inicial com o solo e na amplitude de movimento, além de possuírem ativação eletromiográfica aumentada do quadríceps e reduzida dos isquiotibiais quando comparadas aos homens.
Por conseguinte estes dados se correlacionam aos maiores índices de lesões anteriores de coxa nas mulheres.
Ao mesmo tempo outro tema de relevância quando se fala de mulheres no futebol é a gestação. O “medo” e insegurança permeiam jogadoras e profissionais deste meio. A FIFA apenas em 2021 regulamentou os direitos das jogadoras à maternidade, assegurando pelo menos 14 semanas de licença maternidades, remuneradas para as atletas.
Os avanços estão por todas as áreas do futebol e a luta pela igualdade de gênero é um longo caminho a ser perseguido, com Belos Horizontes.
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Parabéns mulheres do Esporte!!!! Parabéns Dra Flávia pelo seu esforço, competência e dedicação!!!????????????
Dra Flávia,a melhor, ímpar, pioneira e companheira.
Lutadora, batalhadora, sensível e dedicada!
Texto perfeito!
Parabéns!