Geração Flux transformação total. Por Lucas Machado
Resolvi escrever hoje sobre minhas mudanças e sobre minha história. Na vastidão do universo, onde as estrelas cintilam com segredos milenares, eu era uma alma inquieta buscando meu caminho. Assim como o jovem pastor Santiago em “O Alquimista“, eu sentia o chamado irresistível da mudança, um sussurro do destino que não podia mais ser ignorado.
“Fui do A ao E e não deu certo. Agora é mergulhar de cabeça no plano F”, murmurei para mim mesmo, enquanto observava o horizonte se tingir com as cores do crepúsculo. Era como se o próprio céu refletisse a transformação que estava prestes a acontecer em minha vida.
Aos 40 anos, idade em que muitos se acomodam na rotina, eu decidi reescrever minha história. Como um alquimista em busca da pedra filosofal, eu sabia que a verdadeira transmutação começava dentro de mim. Eu mudei a trajetória da minha vida. E não me arrependo. De jeito nenhum”, afirmava com a convicção de quem descobriu um tesouro oculto.
O universo, em sua infinita sabedoria, conspira a favor daqueles que ousam sonhar. E assim, eu mergulhei de cabeça em um processo de metamorfose tão profundo quanto as águas do oceano.
Eu tive peito e coragem pra mudar tudo: mudei de pessoas, mudei de lugar, mudei de atitude, mudei a maneira de ver o mundo, corri da noite das coisas que vem junto com ela. Na raça, comecei a sentir palavras positivas ressoar em minha alma como um mantra sagrado. Era como se cada mudança fosse uma gota de chumbo se transformando em ouro puro.
A humildade, essa virtude tão simples e ao mesmo tempo tão poderosa, tornou-se minha companheira de viagem. Aprendi a ser mais humilde. Não que eu não tenha sido humilde, mas precisava aprender mais sobre essa palavra transformadora, confessava, reconhecendo que a verdadeira sabedoria que trouxe do Skate, reside na capacidade de se curvar sem se quebrar de cair e levantar.
Como um peregrino em busca de iluminação, eu descobri que a gratidão era a chave para abrir as portas da felicidade. “E realmente a humildade transforma. Além disso, aprendi que gratidão tem que ser (sim!) um mantra diário na vida da gente”, compartilhava, meus olhos brilhando com a luz de quem encontrou um tesouro inestimável.
Durante muito tempo, meus olhos estavam perdidos, como um viajante sem bússola em um deserto infinito. Mas o universo, em sua generosidade, enviou-me um sinal. Daí num belo dia a intuição me avisou que era hora de mudar. Era agora ou nunca. Então, eu decidi que ia mudar tudo. E eu consegui”, narrava, minha voz carregada de emoção e determinação.
Em um momento de epifania, eu me vi diante do espelho da alma. Como Narciso que se apaixonou por seu reflexo, eu me encontrei com minha verdadeira essência. “Pela primeira vez na vida eu parei de dar voltas ao redor de mim mesmo. Por um momento eu me olhei no espelho. O que eu vi ali foi a minha essência, o meu eu verdadeiro, de olhos abertos piscando sem parar e me dizendo que meu passado estava na minha frente só queria ser feliz, revelava, minhas palavras pintando um quadro vívido de autodescoberta.
Mas minha jornada não estava livre de obstáculos. O ego, esse velho companheiro traiçoeiro, ainda lançava suas sombras. “Mas ainda havia resquícios de um ego que carreguei por anos. Um ego que alimentei a vida inteira tentando ser quem eu não era para qualquer um que cruzasse meu caminho”, admitia, reconhecendo as correntes que por tanto tempo me mantiveram preso.
O ego, como um dragão adormecido, despertou para uma última batalha. “E esse ego por muitas vezes me jogou no chão, roubou incansavelmente o brilho dos meus olhos, me tirou pessoas e oportunidades incríveis e levou o que havia de melhor em mim: a humildade”, confessava, revivendo as cicatrizes de uma luta interna que durou uma vida inteira.
Mas como um fênix que renasce das cinzas, eu encontrei força para me erguer. “Foram tantas (e mais tantas!) micro revoluções que eu provoquei durante essa mudança que em determinado momento eu precisei (sim!) me equilibrar para não cair. Foi então que eu decidi me levantar em cada queda, em cada escorregão, em cada tombo que cruzasse meu caminho”, narrava, minha determinação brilhando como uma estrela-guia na escuridão.
Como um guerreiro que descobre sua verdadeira força, eu me empoderei. “Eu me empoderei sabe. E isso me deu uma força absurda pra começar tudo de novo. Do zero. Esquece o passado Lucas Machado não é para lá que o senhor está indo e nem se quiser irá. Pedra por pedra, me desapegando de tudo e todos, sobretudo do ego” e coisas da carne, compartilhava, minhas palavras carregadas de uma força que vinha das profundezas de minha alma.
A busca pela perfeição deu lugar à busca pela felicidade genuína. “E decidi que não ia mais correr atrás de ser o melhor e o mais bem sucedido em tudo. Eu quero sim correr atrás dos meus sonhos, das minhas vontades absurdas de inspirar pessoas e de inspirar a mim mesmo. De ser feliz somente”, declarava, como quem finalmente encontrou o verdadeiro propósito da vida.
Como um rio que segue seu curso, incansável e determinado, eu abracei minha nova jornada. E eu vou tentando, dia após dia, aprendendo com a vida, com o novo caminho que escolhi seguir (área da comunicação), com minha esposa e meu casamento, com as pessoas, com as decepções, com as angústias, com as noites mal dormidas de tanto viajar não só com a minha banda preferida e meu grande amigo, mas com os meus sonhos, com tanta coisa que vinha atravessando meu caminho.
As pessoas que surgem em minha jornada são como estrelas guiando meu caminho. “O que me motiva de verdade são as conexões incríveis que estão surgindo enquanto percorro minha jornada. Meu Deus! Gratidão por cada uma delas!”. Meu coração agradece cada alma que se vai e cada uma que se apresenta.
Aos 53 anos, idade em que muitos já se consideram no ocaso da vida, eu descobri que estou apenas no início de minha jornada. No auge dos meus 53 anos, eu estou apenas começando… Não quero a pressa e nem a ansiedade para seguir adiante. Só quero acreditar que eu posso tornar tudo mais leve e emocionante enquanto percorro a minha jornada diária.
Em minha jornada de autodescoberta, eu me reconheci como parte de uma nova tribo, uma geração que transcende as barreiras do tempo e das convenções. E hoje, depois de um processo intenso e delirante de mudanças, conexões e sobrevivência, reconheço-me como parte de um novo movimento. É a geração Flux. Sinto parte de algo maior que eu mesmo.
A geração Flux, como as águas de um rio que se adaptam a qualquer terreno, é formada por almas com uma capacidade genuinamente criativa e um savoir-faire diante das mudanças. Uma característica dessa geração (e que tem tudo a ver comigo) foi o fato de não ser classificada com base em sua data de nascimento. Opa! Isso é perfeito liberto das amarras do tempo cronológico.
Nós, a geração flux, como navegantes destemidos em um oceano de incertezas, abraçamos o caos como um velho amigo. “Nós ‘fluxers’ somos seres com uma pegada de extrema coragem e força pra sobreviver (sem qualquer medo) no meio do caos e da desordem e afogados em milhões de erros.
Em um mundo em constante mutação, nós, os fluxers, somos como camaleões, adaptando-nos com graça e facilidade. Em um mundo cada vez mais instável, a capacidade de se adaptar tornou-se imprescindível, reconhecendo que a flexibilidade é a chave para a sobrevivência e o sucesso.
Como artistas que veem beleza no caos, nós, os fluxers, celebramos a desconstrução e a reinvenção. “Os fluxers são pessoas que admiram a beleza das diferenças, admitem erros e a imperfeição e que tudo pode ser desconstruído, reinventado. Sabemos que há muito trabalho a ser feito do zero; que olhar para as melhores práticas é apenas uma das formas de aprender, mas desconfiamos do que já está formatado isso explica a promessa de infinitas possibilidades.
A mudança, para nós, da geração flux, não é apenas uma opção, mas uma necessidade vital. “Nós acreditamos que é possível continuar.
No coração da minha filosofia flux está a busca pela felicidade autêntica, não como um destino final, mas como uma jornada contínua. “O que eu quero? Ser feliz e viver com intensidade.
Mas essa felicidade, eu descobri, não é um estado constante de euforia. “Felicidade não tem a ver com prazer sempre, mas é a toda hora ter a capacidade de ser identificado com uma vida doce, leve e rara compreendendo que a verdadeira felicidade reside na capacidade de encontrar beleza e significado em cada momento da vida.
E assim, eu abracei o Plano F não como um último recurso, mas como um novo começo repleto de possibilidades. E que o Plano F seja o recomeço de uma nova jornada, com uma vontade absurda de ser um Fluxer Feliz.
Como as folhas que caem no outono para dar lugar a novas flores na primavera, eu me permiti recomeçar.
Já dizia Chico Xavier: ‘novas folhas, novas flores, na infinita benção do RECOMEÇO’.
E assim, a geração flux com o coração leve e os olhos voltados para o horizonte, eu dei o primeiro passo em minha nova jornada. O Plano F não é o fim, mas o início de uma nova aventura. Uma aventura de autodescoberta, de coragem e, acima de tudo, de amor próprio.
Pois afinal, eu compreendi que a verdadeira alquimia não estava em transformar chumbo em ouro, mas em transformar medo em coragem, dúvida em fé e sonhos em realidade. E nessa jornada de transformação, eu não estou sozinho pois nunca estive. O universo, em sua infinita sabedoria, conspira a meu favor.
E assim, eu seguirei em frente, um fluxer destemido, pronto para abraçar cada desafio e celebrar cada vitória. Pois eu sei que a vida, em toda sua glória e complexidade, é uma dádiva preciosa demais para ser vivida pela metade. É hora de viver plenamente, de amar profundamente e de sonhar sem limites.
Dedico este texto a Jandira Soares minha esposa meu grande amor e minha maior fonte de aprendizado. Nico e Eva minhas crianças.
Hasta !!
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