A história de Bonnie e Clyde paixão e tragédia. Por Lucas Machado
Marco Antônio e Cleópatra, Romeu e Julieta, Lampião e Maria Bonita: histórias de amor que, apesar de diferentes contextos, compartilham uma característica comum – a tragédia, marcada principalmente por uma paixão avassaladora. Em Verona, na Itália, onde viveu Julieta, casais apaixonados até hoje escrevem seus nomes nas paredes em busca de sucesso e proteção no amor. Essas narrativas românticas foram tão tocantes e emocionantes que criaram diversas superstições e continuam a inspirar mestres da literatura em todo o mundo.
No entanto, se Shakespeare tivesse vivido no início do século 20, quem teria sido sua fonte de inspiração? Certamente Bonnie e Clyde, o casal mais romântico do mundo do crime.
Bonnie e Clyde foram uma típica consequência social da Grande Depressão, uma época de desilusão com a vida. Eles se conheceram por coincidência, se é que ela existe, visitando um amigo em comum. Clyde tinha 21 anos e Bonnie, 19, ambos no auge da juventude.
Mas por que uma história que mistura amor e crime ainda captura a imaginação das pessoas em todo o mundo? Certamente porque não se tratava apenas de uma inclinação para atividades ilícitas. Os americanos estavam lidando com a crise da queda da bolsa de valores de 1929, enfrentando níveis alarmantes de desemprego.
Para o homem simples e urbano, ou para aquele que vinha do campo e via suas terras sendo tomadas por instituições financeiras.
O casal era visto como uma espécie de Robin Hood moderno, empurrado para o crime pela miséria. Além disso, os verdadeiros ladrões eram os bancos, com seus juros exorbitantes, tornando praticamente impossível o pagamento das dívidas.
Bonnie e Clyde gostavam da noite, quando podiam sair sem pensar nas consequências. Começaram com pequenos delitos, quebrando vidraças e praticando pequenos furtos. Aos poucos, porém, aquilo tudo foi ficando monótono.
E exatamente no dia da quebra da bolsa que, talvez por um sentimento de que não havia mais futuro, resolveram arriscar mais: roubaram um carro, foram perseguidos e quase presos.
A partir daí, passaram a se especializar em roubar carros e, em seguida, caixas registradoras de lojas e bancos em Dallas. Consequentemente, tornaram-se o casal marginal mais famoso de todos os tempos. Só roubavam carros V8 da Ford e chegaram a mandar uma carta para Henry Ford, elogiando seus carros.
Eventualmente, morreram em uma emboscada feita pelo FBI em maio de 1934 – Bonnie tinha 23 anos e Clyde, 25. Em 1967, a história dos dois foi levada as telas de cinema sem muitas expectativas.
Mas o filme foi um recorde de bilheteria, teve 10 indicações ao Oscar e influenciou uma mudança na linguagem cinematográfica de Hollywood. O casal também inspirou um musical na Broadway.
Por fim, Bonnie e Clyde viveram um amor que começou com certa inocência e se transformou em criminalidade. Será que o crime compensa? Essa pergunta está bem próxima de nós, que vivemos sendo roubados e enganados pelos nossos políticos, que estarão às urnas este ano. Com certeza, eles têm a resposta.
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