A história do tênis Converse All Star. Por Lucas Machado

A história do tênis Converse All Star . Por Lucas Machado

Para os que aqui me acompanham desde os idos dos anos 2000 na mídia até meu caminho para meu primeiro livro – Destrinchando Guerreiro do Asfalto e, aos que aqui chegaram agora, sejam bem-vindos. No destrinchando escrevi sobre a histórias de marcas que encantavam meu coração.

Logo após o lançamento, algumas delas como a Havaianas e Harley Davidson, nas quais me identificava muito além de usar, me procuraram. São histórias muitas histórias. Mas não foi como agora o desafio de ser convidado a escrever, uma nova saga que começou pela Vans.

Segue mais uma a (Convese). É importante dizer que se não tem identidade não rola. O formato de escrita mudou muito, eu também mas, fique por aqui te garanto que vai sair desta leitura melhor do que você entrou. Enjoy!!

Quando nossos pés encontram o aconchego dos icônicos All Star, muitos podem ser tentados a pensar que este é o nome que batiza a marca. No entanto, a verdade revela a Converse como a criadora dessa lenda de tecido e borracha. Com uma história que se desenrola por mais de um século, vale a pena desvendar os versos dessa jornada, que transforma um simples tênis em uma sinfonia de moda e rebeldia.

O início

Em 1908, no coração de Massachusetts, nascia a Converse, fruto da mente visionária de Marquis Mills. Nas forjas da Rubber Shoe Company, em Malden, o sonho de conquistar o mundo dos esportes, especialmente o basquete, começou a tomar forma. Assim surgiu o primeiro modelo All Star, que, como uma musa inspiradora, capturou o coração do jovem jogador Chuck Taylor, levando-o a se tornar o trovador e embaixador dessa marca, espalhando seu encanto pelos quatro cantos do mundo.

Das ruas as alturas

Nos vibrantes anos 60, os All Star abandonaram as quadras esportivas e se lançaram às ruas, sendo adotados por jovens e grupos que lutavam por direitos civis. Esses tênis não passaram despercebidos, iluminados pelas estrelas de Hollywood, como Elvis Presley e James Dean, que os calçavam com orgulho. Na efervescente década de 70, o movimento punk os elevou a um símbolo de insurreição e contra-cultura. Calçar um par de All Star era declarar-se fora das amarras da conformidade. Contudo, na década de 80, com o advento dos excessos estilísticos, os humildes All Star se viram temporariamente ofuscados.

Grunge

Nos idos dos anos 90, como uma fênix renascendo das cinzas, o movimento grunge trouxe de volta a glória aos All Star. Em meio ao caos melódico de guitarras distorcidas, Kurt Cobain, do Nirvana, foi um dos principais dessa ressurreição, enaltecendo os tênis como ícones de um visual despojado. No entanto, no alvorecer dos anos 2000, a Converse enfrentou tempestades financeiras e encontrou um novo caminho ao ser adquirida pela Nike em 2003. Este renascimento trouxe novas cores e formas aos All Star, adaptando-os às incessantes ondas da moda.

Os primeiros All Star, tecidos com lona e moldados em borracha vulcanizada, protegiam os tornozelos dos atletas com a ternura de um verso bem colocado. Chuck Taylor, em seu papel de poeta da marca, sugeriu um reforço na parte de trás do tornozelo e inscreveu sua assinatura, dando personalidade ao calçado. Em 1957, surgiu o modelo Oxford, com design de cano baixo. Até os anos 60, os All Star eram monocromáticos em preto e branco, mas a demanda das equipes de basquete trouxe ao mundo sete novas cores, como pinceladas vibrantes em uma tela totalmente lúdica.

Nike

A chegada da Nike trouxe novas texturas e detalhes. Além da lona tradicional, introduziram materiais como couro e adornos como pérolas e lantejoulas. Em 2015, uma revolução interna aconteceu com a adição da palmilha Lunarlon, que proporcionava maior conforto e amortecimento, como um abraço nos pés. Outras melhorias incluíram um forro de camurça perfurada, lingueta acolchoada e uma lona mais resistente. Externamente, sutis alterações, como ilhoses mate e logotipos bordados, deram ao design uma durabilidade e conforto renovados.

Os All Star são versáteis como uma rima perfeita. Para um look casual, as calças jeans são sempre uma escolha certeira. Combinadas com um blazer e acessórios, proporcionam um visual sofisticado. Imagine um par de All Star amarelo para fechar com chave de ouro. Esses tênis também são ideais com saias e vestidos. Um vestido preto ou uma saia de couro harmonizam lindamente com All Star pretos, sejam de couro ou metalizados para um toque especial.

Poucos tênis encantam igualmente homens e mulheres. Para eles, o modelo branco clássico é uma tela em branco, combinando com calças de sarja e uma camisa sobre uma camiseta para um estilo casual, ou com jeans e um blazer junto com All Star azul-marinho para um visual mais formal. Afinal, a simplicidade e adaptabilidade dos All Star os tornam ideais para qualquer ocasião

Os All Star são mais do que meros tênis; são uma ode cultural que transcende gerações e estilos. Seja nas quadras de basquete, nas ruas ou nos palcos ou no seu pé enquanto esta lendo esse artigo, esses tênis continuam a ser uma escolha popular, combinando conforto, estilo e uma rica história que reflete a evolução fashion e a sociedade para todo sempre. Hasta !!

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