Pele com textura o fim do padrão e ascensão da beleza real
A pele real como nova tendência de beleza
Primeiramente durante anos, o ideal de beleza esteve atrelado à pele perfeita: sem poros, sem oleosidade, sem manchas, sem qualquer sinal de vida real. A chamada “glass skin”, com textura translúcida e efeito espelhado, dominou as redes sociais, tutoriais de maquiagem e vitrines de produtos de skincare. No entanto, uma nova tendência tem ganhado espaço no mundo da beleza: a valorização da pele com textura, que celebra poros visíveis, linhas finas, sardas e tudo aquilo que torna a pele humana.
O excesso de filtros, retoques digitais e pressão estética levou muitas pessoas ao limite da insatisfação com a própria imagem. Como resposta, movimentos como o “skin positivity” ganharam força, principalmente entre influenciadores que decidiram, por exemplo, expor sua pele como ela é. Essa mudança de perspectiva mostra que beleza não está em apagar imperfeições, mas em enxergar valor na autenticidade. Assim cada marca, relevo ou variação na pele conta uma história — e a nova geração parece pronta para escutá-las.
Curiosamente, foi no mesmo espaço onde os filtros se popularizaram que surgiu a resistência. Plataformas como TikTok e Instagram viram crescer perfis de usuários que mostram sobretudo sua pele sem maquiagem, com acne, melasma, rosácea e outras condições comuns. As hashtags #skintexture, #acnepositive e #nofilter se tornaram virais, gerando milhões de visualizações e criando uma nova narrativa: a da pele real sendo aceita, exibida e admirada.
Com o aumento da pressão por mais representatividade e menos edição, marcas de cosméticos passaram a destacar modelos com pele real em campanhas. Gigantes do setor estão apostando em campanhas sem retoques, e produtos estão sendo reposicionados com foco em bem-estar e saúde cutânea, e não apenas na “perfeição”. O skincare se torna uma forma de autocuidado, e não de correção. Cremes calmantes, óleos faciais, sabonetes suaves e protetores solares minerais ganham protagonismo.
Enfim, a geração Z é um dos maiores motores dessa virada. Jovens estão mais interessados em cuidar da pele por dentro e por fora, buscando rotinas que respeitam sua biologia. Ao invés de cobrir ou disfarçar, a ideia é tratar com carinho, aceitando dias bons e ruins. O autocuidado é entendido como acolhimento, e não como imposição de resultados imediatos. A textura da pele não é mais um erro a ser corrigido, mas uma característica a ser respeitada.
Como essa tendência impacta a autoestima de mulheres e homens
Ao mostrar que a perfeição é inalcançável, a tendência de valorizar a pele com textura abre espaço para mais leveza na relação com o espelho. Mulheres deixam de esconder sardas e rugas. Homens param de ver a oleosidade como falha. Pessoas com melasma, acne ou rosácea passam a se reconhecer em campanhas e conteúdos de influenciadores. Isso muda tudo. A autoestima se constrói sobre referências reais, não sobre projeções inalcançáveis.
A beleza limpa como aliada da pele real
O conceito de “clean beauty”, ou beleza limpa, também entra em cena como aliada da nova estética. Produtos com fórmulas mais simples, sem fragrâncias ou conservantes agressivos, estão sendo mais valorizados. A pele responde melhor ao que respeita sua função natural. Além disso, o uso consciente de maquiagens, dando espaço para dias sem base, ou preferência por produtos leves e com toque de hidratação, se torna parte da rotina.
Com a nova tendência, os rituais de beleza se tornam mais sensoriais. Aplicar um óleo no rosto deixa de ser um gesto automático e passa a ser um momento de reconexão com o corpo. As texturas são sentidas, as temperaturas notadas, e o tempo é respeitado. A rotina não é mais um check-list, é um espaço de escuta. Esse movimento transforma o modo como lidamos com o espelho e com o tempo que passamos diante dele.
Celebridades e influenciadores que mostram sua pele real, sem iluminação artificial e sem maquiagem pesada, têm contribuído para consolidar essa tendência. Figuras como Hailey Bieber, Billie Eilish e Bruna Linzmeyer costumam compartilhar momentos sem filtro, reforçando a ideia de que beleza é também vulnerabilidade. Isso abre caminho para uma geração que quer se ver representada com verdade.
Aceitar a textura da pele não significa negligenciar os cuidados. Pelo contrário: é possível tratar acne, controlar oleosidade, hidratar ou acalmar a pele sem querer torná-la irreal. Produtos indicados para cada tipo de pele, uso constante de protetor solar, limpeza equilibrada e descanso são gestos fundamentais. O objetivo é promover saúde, não criar uma nova pressão estética.
O crescimento da tendência da pele com textura mostra que estamos caminhando para um futuro mais plural na beleza. As redes sociais, antes palco de padronização, agora são também espaços de acolhimento e diversificação. O impacto disso vai muito além da aparência: afeta como nos sentimos, como nos relacionamos e como ocupamos o mundo. A beleza real não é uma moda passageira, mas um convite duradouro à autenticidade.
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