A evolução tecnológica tem sido uma das principais forças que impulsionam o crescimento econômico em qualquer país. Pensar em progresso econômico sem mencionar a tecnologia e a inovação é impossível. Contudo, é essencial lembrar que o verdadeiro potencial da tecnologia vai além do lucro. Quando utilizada de forma estratégica, como meio e não como fim, a tecnologia tem a capacidade de transformar a sociedade, promovendo um futuro mais inclusivo, onde todas as pessoas, independentemente de gênero, raça ou condição socioeconômica, possam participar e prosperar.
Em um cenário global onde o mercado de tecnologia é avaliado em US$ 5 trilhões, segundo a IDC (International Data Corporation), e continua crescendo entre 4% e 5% ao ano, o impacto desse setor é inegável. No Brasil, de acordo com a ABES, o setor de TI movimentou mais de US$ 52 bilhões em 2023, consolidando-se como um dos mercados emergentes mais promissores. O Banco Mundial prevê que até 2030, 70% dos novos empregos estarão diretamente ligados à tecnologia. Assim, a tecnologia é uma peça-chave para o futuro.
Porém, o desenvolvimento econômico deve caminhar lado a lado com o progresso social. É fundamental que o acesso à tecnologia seja democratizado. Hoje, cerca de 2,9 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à internet, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento, segundo dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT). No Brasil, são aproximadamente 40 milhões de pessoas desconectadas, muitas em áreas rurais e periféricas, conforme o IBGE. Sem conectividade, a tecnologia não cumpre seu papel transformador.
Além da conectividade, outros desafios surgem, como a baixa representação de mulheres e minorias no setor de tecnologia. No Brasil, as mulheres representam 39% dos empregos em TIC, mas apenas 20% delas ocupam cargos técnicos, segundo a Brasscom. Além disso, apenas 5% dos profissionais negros ocupam posições de liderança. Esses dados revelam a urgente necessidade de promover mais diversidade e inclusão no setor de tecnologia.
Programas como o “Luiza Code”, da Magazine Luiza, e as iniciativas de mentoria da Intelipost demonstram que é possível capacitar mulheres e minorias, oferecendo as ferramentas necessárias para que prosperem no setor. A diversidade de gênero e etnia não é uma mera suposição, mas um fato que, conforme estudo da McKinsey, mostra que empresas com equipes diversas têm 35% mais chances de superar financeiramente suas concorrentes.
No Brasil, a desigualdade social e a falta de infraestrutura digital em áreas remotas são desafios consideráveis, mas também representam oportunidades para a inovação. Adaptações tecnológicas que consideram as realidades locais, como as promovidas por plataformas de ensino digital como a Descomplica, são exemplos de como a tecnologia pode democratizar o acesso à educação e ao trabalho.
Investir em infraestrutura digital para levar conectividade às regiões mais afastadas é essencial. A inclusão digital abre portas para uma série de oportunidades econômicas e sociais, especialmente no setor tecnológico, que segue em constante crescimento. Além disso, é fundamental incentivar a educação digital nas escolas e universidades, preparando os jovens para o mercado de trabalho tecnológico. Programas como Brasil Mais Digital e Reprograma são cruciais para incluir grupos sub-representados no setor.
As empresas precisam adotar políticas claras de contratação e promoção de mulheres e minorias, além de incentivar o primeiro emprego. A diversidade deve ser vista como um fator central para a inovação e o sucesso organizacional, e não como uma meta secundária. Também é necessário investir em infraestrutura digital nas regiões mais remotas, garantindo que todos possam fazer parte do ecossistema digital.
O futuro da tecnologia será moldado pela diversidade e pela superação de barreiras educacionais, culturais e sociais. Para garantir uma inovação representativa e inclusiva, devemos criar mais oportunidades para jovens talentos, independentemente de gênero, cor ou posição social. A tecnologia, em sua essência, deve conectar, criar e transformar. Se desejamos um futuro realmente inclusivo, é necessário garantir que a tecnologia esteja acessível a todos, independentemente de suas circunstâncias.
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