Economia na Era da Inteligência Artificial

O Futuro da Economia na Era da Inteligência Artificial

O Futuro da Economia na Era da Inteligência Artificial

Em 2018, meu primeiro contato com ferramentas de inteligência artificial aconteceu de uma maneira bastante inusitada. Naquela época, sobretudo atuando como consultor empresarial, eu apenas realizei um teste simples com a tecnologia: solicitei que a IA criasse um apóstolo fictício e escrevesse um versículo para ele, como se fosse parte do Novo Testamento.

Primeiramente a resposta da máquina foi tão ágil e fluente que, inicialmente, não pude conter um sorriso. Porém, rapidamente, a seriedade da situação me atingiu. Ficou claro que eu precisava me aprofundar e me especializar urgentemente nessa tecnologia. Ali, entendi que a inteligência artificial iria revolucionar o mundo.

Avançando para o início de 2023, com a explosão na popularidade dessas ferramentas, exemplificada pelo uso massivo do ChatGPT, decidi que não poderia ficar à margem dessa revolução. Comecei a ensinar as pessoas sobre a IA, primeiro conscientizando-as sobre seu impacto e potencial, e depois orientando sobre como utilizá-la. Era essencial contribuir ativamente para essa transformação, compartilhando conhecimento.

Hoje, é evidente como a inteligência artificial está transformando a economia global, abrindo portas para o crescimento e a eficiência, mas também levantando desafios significativos em termos de emprego e ética. Os efeitos da IA são amplos, desde a automação que pode substituir empregos até a criação de novos setores.

Automação e Emprego:

Estudos como os do McKinsey Global Institute apontam que, até 2030, até 800 milhões de empregos globalmente poderiam ser substituídos pela automação. Países como China, Japão e Estados Unidos estão na vanguarda da adoção de robôs industriais, o que destaca a importância de programas de requalificação profissional.

IA e Produtividade:

A IA está revolucionando a produtividade em diversos setores. Na logística e na saúde, por exemplo, ela aprimora operações e resultados através da análise precisa de grandes volumes de dados.

Novas Indústrias:

A era da IA está fomentando novos mercados e exigindo novas habilidades, desde cientistas de dados até especialistas em ética. Setores emergentes incluem veículos autônomos e cidades inteligentes.

Colaboração Humano-IA:

A interação entre humanos e IA está evoluindo, sobretudo com uma colaboração que maximiza eficiências e fomenta inovações, unindo a análise de dados feita pela IA com a criatividade e empatia humanas.

Impacto Distributivo e Ética:

A IA também levanta desafios significativos e questões éticas, como o risco de preconceito algorítmico e a segurança no emprego. É crucial que governos e organizações elaborem estratégias para uma transição justa e equitativa.

Competição Global e Investimento:

A corrida global pela supremacia em IA é acirrada, com investimentos robustos em pesquisa e desenvolvimento. Em 2023, os custos para treinar modelos avançados como o Gemini Ultra ultrapassaram os US$ 190 milhões, refletindo o elevado custo da inovação tecnológica.

Afinal, a inteligência artificial não está apenas mudando o mercado de trabalho; está redefinindo a estrutura da economia mundial. Empresas e profissionais precisam se adaptar rapidamente a esse cenário em evolução para capturar as oportunidades e atenuar os riscos associados.

Email: tiziano@tizianoperes.com.br
LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/tizianoperes/

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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