13 de junho Dia mundial do Rock. Por Lucas Machado
As raízes clássicas do Rock
Há quem duvide dessa verdade, mas o alicerce do rock é, de fato, a música clássica. E não é por acaso que muitos músicos clássicos, inclusive integrantes de orquestras sinfônicas, têm uma paixão ardente pelo rock. A dupla 2Cellos é uma prova incontestável dessa conexão. Dois músicos clássicos, um esloveno e outro italiano, fazem sucesso não apenas pela sua beleza e carisma, mas também por sua habilidade em transitar do clássico ao rock. Portanto, é imperdível ouvir “Thunderstruck” do AC/DC na interpretação magistral desses artistas.
O bom e velho rock’n’roll, que nasceu nos Estados Unidos no final dos anos 40 e início dos 50, fincou suas raízes em estilos como soul, folk, blues, country, jazz, rhythm ‘n blues e, surpreendentemente, na música gospel. Entre os anos 70 e 80, o evoluiu a partir do rock’n’roll. Bandas como Led Zeppelin, Ramones, Kiss, Queen e Sex Pistols mostraram que o rock estava destinado a permanecer. Led Zeppelin, com sua base de blues, e os outros ícones, solidificaram o rock como um gênero imortal.
A Imortalidade do Rock
Há quem diga que o rock está “morrendo” porque outros gêneros musicais estão ganhando força entre os jovens. No entanto, os defensores fiéis não acreditam nisso e continuam a divulgar o rock, mantendo-o vivo e pulsante. Certamente, a paixão é passada de pais para filhos. É comum ver bebês e crianças pequenas em vídeos dançando e cantando junto com os pais. Este é um dos grandes legados dos apaixonados pelo rock.
Vocal, guitarra, bateria, baixo, sax e até piano são essenciais no rock. No entanto, já vimos apresentações memoráveis, como a do Scorpions com uma orquestra sinfônica e violinos. O rock tem a capacidade única de agradar várias gerações. Além disso, o rock é mais do que música; é um estilo de vida, é roupa, é linguagem e atitude, frequentemente ligado aos esportes radicais. Pode até ser usado como uma ferramenta de impacto social ou protesto.
O Legado do Rock
Curiosamente, “rock” surgiu como uma metáfora para “shake up, disturb ou incite” (sacudir, perturbar ou incitar), enquanto “roll” veio de uma expressão medieval que se referia a relações sexuais. Não é de se espantar que tantos pais ficaram enlouquecidos. Segundo muitos, o rock desperta o lado selvagem e instintivo das pessoas. Talvez seja por isso que nos shows as pessoas pulam, gritam e algumas vezes socam e chutam o ar. Além disso, segundo a UCLA, o rock aciona o alerta de perigo nos animais.
Esse octogenário, certamente, viverá por muitos e muitos anos. No Brasil, o rock começou com Celly Campelo e evoluiu para a Jovem Guarda, Raul Seixas, Barão Vermelho e Charlie Brown Jr., entre outros. Não conseguimos viver sem o rock, pois ele possui batida, ritmo, alma, letras que fazem sentido. Mexe com o corpo, mexe com a alma e sempre haverá pais e mães que vão escutar rock ao lado dos filhos. Além disso, quem gosta de rock, gosta do que ele faz sentir, do que ele transmite como estilo de vida (suas tatuagens, uma Harley, camisetas de malha). As bandas antigas influenciam as novas, os velhos influenciam os jovens.
O rock é uma poesia viva, uma melodia que nunca se apaga, um eco eterno que reverbera através das gerações. É um grito de liberdade, uma explosão de emoções que nos conecta à essência da nossa humanidade. Rock’n’roll é vida, é paixão, é revolução.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.