A pirâmide, o indiano e o empreendedorismo social
Primeiramente nos últimos dois anos, fomos afetados por uma pandemia que por consequência esta gerando uma intensa crise econômica – que bem sabemos.
Originou-se na China, que soprou mundo afora e chegou aqui -, responsável por bagunçar a vida de milhares de pessoas e de mudar a forma de fazer negócios e obter renda.
Isso, porque a crise foi também responsável por escancarar o modelo tradicional econômico, mostrando que ele não se adapta mais aos nossos dias atuais. MESMO.
No entanto, saiba que uma parte da solução deste período nefasto econômico esta bem próxima de nós? Logo ali, sabe onde? No morro.
Visto que santo de casa não faz milagre, o que exponho aqui, que não é inédito, somente pouco difundido, por um indiano chamado C.K Prahalad.
Este especialista em estratégia empresarial e professor da Universidade de Michigan, EUA, acredita no “empreendedorismo na base da pirâmide”.
Por certo uma linha de pensamento que vê o lucro através da inclusão das camadas de baixa renda ao mercado consumidor, deixando de enxergá-las apenas como um recorte em situação de vulnerabilidade e com baixo poder aquisitivo.
Sem dúvida uma das estratégias que nosso indiano Prahalad difunde pelo mundo vem ganhando espaço.
Porém em grandes empresas é a de que o mercado precisa desenvolver produtos e serviços que estejam ao alcance dessas pessoas.
Além disso, empregar esta população para assim gerar crescimento da economia, aumentando a renda mensal desta camada da pirâmide e consequentemente gerar uma mobilização social.
Sabendo que, nos nossos rincões, somos mais de 20 milhões em extrema pobreza e que grande parte deste número se deve ao fato de que somos 15 milhões de desempregados e endividados.
Isto é, não precisa vir da Índia para perceber que o modelo de empreendedorismo deste momento é aquele que reaquece a economia movimentando o setor de pessoas das classes menos favorecidas, mas que estão nas favelas e nos grandes centros urbanos.
Estes, ganham dinheiro, mesmo que pouco, e muitas vezes não o gastam por não possuir a quantia necessária para determinados produtos, mas ao criar e desenvolver produtos e serviços que se encaixem na sua realidade socioeconômica.
Sobretudo a economia se aquece, gera uma melhor circulação de renda e novos postos de trabalho surgem. Incluindo-as nesta economia local, é possível aumentar a qualidade de vida destas empresas, inclusive externas ao mundo das favelas, poderiam lucrar com isso tudo.
Em síntese, vamos ao melhor: pessoas que vivem na base desta pirâmide também podem começar a empreender e gerar grande impacto na economia.
As favelas possuem seus próprios centros comerciais que são adaptados as suas condições e aquecem muito a região, mesmo que de forma um tanto discreta.
Aquele mercado de bairro, a pequena loja de roupa, o salão de beleza e o barzinho de esquina, os trailers, por exemplo, são pequenos negócios que aquecem a economia local e fazem com que o dinheiro gire com rapidez nestas regiões.
Com a quantidade de lojas em shoppings que fecham diariamente, o número crescente de empresas falidas no último ano, investir no modelo da base da pirâmide pode e deve ser um caminho para melhorar nossa crise econômica. Não é discurso socialmente responsável, é um alerta de bons negócios! Pode acreditar. Hasta!!
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