Esportes

Atividades físicas no inverno: benefícios e cuidados

Atividades físicas no inverno

Para todos os indivíduos, a combinação de atividade física e saúde é essencial em qualquer época do ano. Principalmente o desporto frequente reduz várias comorbidades, além de auxiliar no bem estar do ser humano.

Contudo, em um período frio, a prática de esporte é reduzida. Manter a disciplina em dias mais frios exige de todos uma força de vontade adicional.

Exercícios físicos regulares

Assim apesar dos desafios, é imprescindível manter os exercícios físicos regulares. E alguns cuidados à saúde são fundamentais para amenizar as doenças respiratórias mais comuns nesta época.

Não é exatamente a imunidade do indivíduo que sofre variações neste período de baixas temperaturas, e sim as mudanças de hábitos, alterações na proteção das vias aéreas e exposição das pessoas. Mas estes fatores desencadeiam alergias e sintomas respiratórios mais prevalentes.

No entanto, dentre as barreiras frente às infecções, consideram-se os cílios da mucosa do trato respiratório, o muco, a secreção de imunoglobulinas e o reflexo de tosse.

Concentração de poluentes no ambiente

O ar seco e alta concentração de poluentes no ambiente, faz com que as vias aéreas fiquem mais ressecadas e inflamadas através do aumento de mediadores químicos como a interleucina-8.

Já os pêlos nasais (cílios), que tem a função de proteger as vias aéreas das partículas presentes no meio, deixam de cumprir este papel.

Há perda da sua lubrificação e, consequentemente, a motilidade, acentuando a ocorrência de sinusites e rinites.

Manter os ambientes úmidos

Condutas simples, como manter os ambientes úmidos com bacias de água, umidificadores e, também, evitar uso de ar condicionado amenizam estas infecções.

Atitude complementar preventiva é aplicar soro fisiológico nas narinas constantemente nesta época.

Evitar as aglomerações de pessoas em ambientes fechados, portanto, de infecções devem ser evitadas.

Higienização

O uso de cortinas e cobertores que possam ser lavados e a higienização da casa com pano úmido, em substituição das vassouras, podem contribuir para barrar estes contágios.

Adicionalmente, nesta época do ano há uma redução da ingestão de água. Sobretudo beber bastante líquido, auxiliando nas respostas do organismo.

Atividades físicas no inverno

Em síntese, uma pessoa desidratada pode perder a capacidade de realizar as funções metabólicas de forma eficiente, além de desfavorecer os mecanismos de proteção das vias aéreas, citados acima.

Na prática de esportes, aquecer-se antes do treino, trabalhar mobilidade articular e alongamentos são essenciais para prevenir lesões.

Atividades ao ar livre

Nas atividades ao ar livre não se deve fazer uso excessivo de agasalhos, permitindo que ocorra a transpiração de forma adequada. Contudo a hidratação precisa ocorrer antes, durante e após o treino.

Quando falamos de alimentação no outono e inverno, a tendência é ingestão de alimentos mais calóricos. Isto acontece porque aumenta a necessidade energética do organismo para equilibrar a temperatura corporal.

Porém, afim de se manter um corpo saudável e evitar os quilinhos extras é essencial realizar uma alimentação adequada.

Ademais, algumas dicas são investir em canela, que é termogênica, chás, folhas e legumes refogados. Acrescentar, sempre que possível, sementes e grãos, como chia, aveia e linhaça, que são ótimas fontes de fibras, dando mais saciedade ao indivíduo.

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Dra. Flávia Magalhães

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário Newton Paiva (2004) e Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008). Titular de Medicina Esportiva pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Atualmente Vice-Presidente da Sociedade Mineira de Medicina do Exercício e do Esporte. Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. É professora da pós-graduação de Medicina do Esporte pelo Mater Dei/Inspirali. Atuou como médica pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), como coordenadora Estadual de Doping pela CBV (Confederação Brasileira de vôlei) e desde 2015 atua como médica da seleção brasileira de futebol feminino (CBF).

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