O que é Mindfulness: alimentação consciente

O que é Mindfulness: alimentação consciente

ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE: A PRÁTICA DO MINDFULNESS NA NUTRIÇÃO

Comer e Sentir: Um Conflito Comum

Quantas vezes nos encontramos em conflito com a comida, divididos entre o desejo de comer e a culpa que sentimos depois? Esperamos ansiosamente pelas refeições, mas, ao mesmo tempo, comemos com tanta pressa que nem conseguimos aproveitar a experiência por completo. No entanto, essa relação pode mudar.

O Que é Alimentação Intuitiva?

A alimentação intuitiva é uma prática antiga que desafia muitos dos paradigmas modernos sobre dieta e controle. Em vez de seguir dietas rígidas, o foco está em compreender e respeitar os sinais internos do corpo, equilibrando a ingestão de macronutrientes e micronutrientes de acordo com as necessidades individuais. Como resultado, essa abordagem envolve sintonizar-se com os sinais de fome e saciedade, criando uma conexão mais profunda com o próprio corpo e promovendo o autocuidado.

Esse método nos incentiva a ouvir o que nosso corpo tem a dizer em cada momento, permitindo uma relação mais harmoniosa com a comida. Com isso, a nutrição sem regras fixas permite que você se alimente de maneira autônoma, restabelecendo uma relação mais saudável e intuitiva com os alimentos.

Mindful Eating: O Caminho para a Consciência Alimentar

O “mindful eating,” ou alimentação consciente, é um caminho de volta à consciência alimentar, relembrando a sabedoria que o corpo carrega há gerações. Saber o que comer não basta se nossas escolhas alimentares são ditadas por emoções e impulsos do sistema límbico. Dessa forma, a alimentação consciente ajuda a estar presente e atento às necessidades físicas e emocionais do momento, promovendo o mindfulness ou atenção plena.

Estar consciente significa aceitar o presente e prestar atenção às necessidades do corpo sem julgamento. Muitos de nós estamos presos ao passado, o que pode levar à depressão, ou ao futuro, o que gera ansiedade. Com isso, perdemos a capacidade de enxergar o que está bem à nossa frente, caindo em gatilhos emocionais que nos fazem comer de forma impulsiva.

Reconstruindo Nossa Relação com a Comida

É importante refletir sobre como enxergamos a comida. Ao entender que o alimento é uma fonte de cura, fortalecemos nossa conexão intuitiva com ele, ampliando nossa visão sobre seu papel não apenas biológico, mas também psicológico, emocional, social e ambiental. A nutrição intuitiva, portanto, não diz respeito ao misticismo, mas sim à reconexão com nossos instintos naturais.

Se você passou anos em dietas que geraram frustração, pode ser que leve algum tempo para reencontrar essa conexão interna. Afinal, as dietas, muitas vezes, tiram o prazer de comer. Ao contrário, o estado de mindfulness permite que você desfrute do que gosta com equilíbrio e atenção à saúde.

Há menos de um século, a nutrição formal sequer existia no Brasil, mas as pessoas, intuitivamente, sabiam o que comer. Com isso, percebemos que ninguém conhece melhor seu corpo do que você, e apenas você é capaz de identificar quando está com fome e quando é o momento de parar de comer.

Pratique o Comer em Paz e Consciência

Respeitar o próprio corpo e fazer as pazes com a comida é fundamental. Para muitos, os alimentos não se dividem em “bons” ou “ruins”; o que importa é o contexto, a frequência e a quantidade. Quando as emoções influenciam nossas escolhas alimentares, aumentam os níveis de estresse, e nosso controle sobre a alimentação diminui.

De acordo com pesquisas, comer de forma consciente é mais eficaz para o emagrecimento a longo prazo do que seguir dietas restritivas. Veja algumas dicas para praticar o mindful eating:

1. Reserve um tempo para comer: evite refeições na frente da TV e aproveite o momento. Com isso, você também comerá menos.
2. Coma devagar: o cérebro precisa de tempo para processar a sensação de saciedade, e comer rapidamente geralmente leva ao consumo excessivo.
3. Mastigue bem: idealmente, mastigue cada garfada cerca de 30 vezes, aproveitando e saboreando cada pedaço.
4. Explore a comida: comer vai além de mastigar; envolve admirar a aparência, o aroma, a textura e até os sons dos alimentos. Essas sensações podem ser tão prazerosas quanto o próprio ato de comer.

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