São Paulo é responsável por 90% das vagas fechadas no setor de bares e restaurantes em janeiro
Pesquisa que mede os empregos com carteira, divulgada pelo Ministério do Trabalho na última quinta-feira (9), mostra que o setor de alimentação fora do lar teve leve retração no número de vagas em janeiro.
O resultado negativo no saldo de empregos do setor no Brasil, com queda de -0,25% (um saldo negativo de 3.068 empregos) foi fortemente influenciado pela queda no estado de São Paulo, de -0,70 (saldo negativo de 2.742 vagas).
Queda
Na capital, a queda foi um pouco menos intensa, de -0,49% (ou 760 vagas fechadas no setor). A boa notícia veio do Nordeste, onde estados como Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas e Pernambuco tiveram saldo positivo.
“Encontramos um problema maior no estado de São Paulo, onde o movimento foi muito afetado pelas chuvas. Principalmente no litoral, que costuma ter um bom fluxo de pessoas em função das férias e da temporada de verão.
No Brasil como um todo, apesar de termos um quadro melhor do que havia há um ano, houve um aumento em janeiro do número de empresas fazendo prejuízo, que chegou a 23%.
Havia a expectativa de um janeiro mais positivo, que não veio, mas esperamos que em fevereiro o setor tenha registrado um resultado melhor”, diz o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci.
Pesquisa da Abrasel realizada com 1.477 empresários de todo o país em fevereiro mostrou, no entanto, que há ainda um certo otimismo dos empresários em relação a 2023: 32% dos consultados responderam que esperam aumentar o quadro de funcionários até o fim deste ano.
O IPCA divulgado pelo IBGE na última sexta-feira (10) mostrou que, em fevereiro, a inflação nos bares e restaurantes (0,50%) ficou abaixo do índice médio (0,84%). No mês, o indicador da alimentação dentro do lar (0,04%) ficou menor, mas, no acumulado dos últimos 12 meses, o setor performou melhor, somando 8,04% contra aumento de 10,51% nas refeições feitas em casa.
“Comer fora de casa segue mais atrativo. Temos testemunhado um esforço hercúleo do setor em segurar o aumento dos cardápios, principalmente considerando que, nos últimos 12 meses, houve alta de 9,84% no preço dos alimentos e bebidas, destaca o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.
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