Casagrande: Globo, Drogas, Futebol, livro e rock’n Roll. Entrevista;
Casagrande: Por Lucas machado – Portal Uai (Jornal Estado de Minas)
Primeiramente através do amigo, jornalista e editor do Jornal Diário de São Paulo, Gilvan de Oliveira, Casão escreveu um livro .
Antes de mais nada, Casagrande fala de seus surtos psicóticos, Overdoses, do vício com a Bebida, cocaína do rock e de sua volta por cima.
Sem dúvida, foi muita força de vontade e uma internação que durou sete meses sem direito a visita nem da família.
No entanto, “Walter Casagrande”, o Casão, um dos maiores ídolos do Corinthians e da Fiel, nos conta nas entrelinhas, um pouco de como foi sua volta por cima.
Surpreendentemente hoje, para quem não sabe, faz palestras e ganha um bom dinheiro como apresentador.
Disse que contando sua história é um a forma de alertar as pessoas para que esse mal seja combatido. Além e polêmico, envolve milhares de pessoas segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) a cada dez famílias brasileiras oito tem algum parente ou conhecido com problema de drogas lícitas e ilícitas.
Há algum tempo atrás, você disse a um veículo de comunicação que estava com medo de ler o seu livro, por que?
Na realidade não é uma questão de medo, visto que, eu mesmo falei para ser escrito, contei todas as histórias há pouco tempo e eu quero dar uma baixada de bola.
Eu não quero remexer novamente na minha cabeça, tudo que eu passei de novo.
Como foi o movimento chamado “Democracia Corintiana” nome criado pelo publicitário e torcedor do Timão, Washington Olivetto.
Certamente não tinha nada de tão especial. Entretanto, era um processo democrático, onde nós jogadores do clube tomávamos todas as decisões do clube juntos como:
Que horas concentrar e se iríamos concentrar, como seriam as viagens… Dizer que era uma baderna não é verdade; os solteiros concentravam.
Quem não concentrava eram os casados, era uma coisa assim decidida por todo grupo do roupeiro ao presidente era realmente bastante democrática.
“Você conta no livro sobre suas overdoses, que são passagens muito fortes. Você acha que se não fosse um atleta conseguiria ter passado por tudo isso”?
O que me segurou foi eu ter sido atleta mesmo; meu coração ter o hábito de ser treinado e preparado para ter um batimento cardíaco alto. Ajudou mais não foi só por isso.
“Conta um pouco da importância dos seus amigos, família e emprego nessa sua reabilitação, e por que, o nome do livro, – Casagrande e seus demônios – e não os Deuses”.
Primeiramente, quando fui internado e acordei, pensei que tinha perdido tudo: crédito na família, emprego, mas achei que estava acabado.
Ai apareceu a Rede Globo lá e disse: Se trata que iremos esperar; eu encostei-me a esse apoio profissional que a TV Globo me deu, minha família tava do meu lado, meus pais, filhos e minha ex-mulher que inclusive me ajudou bastante e isso me deu um suporte.
Ao passo que os demônios são aqueles demônios internos que nós temos e que no meu caso, a droga é um deles, não é um anjo.
Então eu quis contar essas passagens que são demônios que eu tive e que me levaram quase a uma destruição total, definitivamente.
“Você foi um cara que sempre emitiu suas opiniões. Como a maioria, você começou com a maconha e depois passou para outras drogas: qual é sua opinião, especialmente sobre a maconha”.
Primeiramente, acho que não necessariamente quem usa maconha vai para a droga mais pesada, não acho que é uma regra. Agora sobre a descriminalização eu tenho dúvidas sobre esse assunto.
Eu já fui a favor da descriminalização, ou até mesmo da liberação da maconha, mas depois de tudo que passei, eu não posso e não tenho uma opinião formada.
Eu não posso ser a favor da liberação de nenhuma droga sendo que elas quase me mataram, ou que abriu a porta para quase me matar.
Algumas literaturas dizem que você não está entre os 10 maiores jogadores do Corinthians, qual sua opinião sobre isso”?
Isso é uma questão de opinião do autor; a Revista Placar, por exemplo, diz que eu estou no time de todos os tempos do Corinthians, entretanto, isso para mim é uma questão de opinião.
“No seu livro você fala que no final da vida do Sócrates, você o reencontrou e que ele estava meio sem noção do que estava acontecendo com ele. Como foi essa história”?
Ele achava que não estava tão ruim assim né, pelo menos na penúltima vez que eu vi o Magrão no hospital, que eu conversei com ele, foi o que ele falou: “Achei que eu estava pior”, e estava nítido que ele não estava bem.
Um estilo rock’n’roll de viver. Sabemos que você curte muito o rock. De quais bandas você mais gosta?
Eu ouço rock o tempo todo, trabalho com isso também. Eu gosto de Black Sabbath, com sua formação original: The Who, AC/DC, The Doors.
Bandas nacionais?
Todas dos anos 80, Barão Vermelho, Titãs, Legião Urbana, Ira. Mutantes, Casa das Máquinas, dos anos 1970, também gosto muito.
Foto: Ruan Pedro
Valeww..
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