Em contrapartida temos o agronegócio cada vez mais forte!
Ai você pensa: O agronegócio também produz comida? Não, na verdade ele produz commodities!
A maior parte desses itens produzidos pela indústria vai para exportação.
A soja, que é a maior monocultura produzida no Brasil, é um exemplo de como funciona a cadeia das commodities.
80% de toda soja produzida no país vira ração para o sistema de “produção” animal.
A importância do consumo local: https://lifestyle.uai.com.br/saude/a-importancia-do-consumo-local/
Com isso vemos hoje nossos biomas serem desmatados e queimados para darem espaço para as monoculturas e a criação de pasto para pecuária.
A soja e o boi são algumas das maiores commodities do Brasil.
Traduzindo de maneira rápida: commodity é mercadoria.
Produtos em alta escala, têm importância mundial e sobrevivem da economia mundial.
Se existe uma demanda grande pelo produto, o preço sobe e os produtores ganham com isso! Se houver uma crise , a demanda diminui e os produtores têm prejuízo.
Atualmente temos o exemplo dos altos preços do arroz e óleo de soja . O dólar alto incentiva a exportação. 5kg de arroz por 40,00 !
Para que as empresas brasileiras consigam manter os alimentos aqui (mercado interno) é necessário pagar mais e isso claramente é repassado para o consumidor.
“A bancada ruralista e o agronegócio dizem que estão produzindo, exportando, gerando riqueza, mas estamos produzindo dois ou três produtos.
O Brasil, apesar de exportar uma parte significativa do que produz, não gera o suficiente para a sua própria população.
Essa discussão entre produção de alimentos e insegurança alimentar não passa só pela produção em si, mas pelo que se produz, como se produz e para quem se produz.
Pensar em produção de alimento, portanto não de grãos, significa pensar na produção da diversidade, e não necessariamente significa aumentar a quantidade de produção.
No caso do feijão, o Brasil era produtor autossuficiente – inclusive, nós exportávamos.
Mas a lógica passa pelo preço, e no mercado internacional, a demanda pela soja, e também os seus preços, estão mais elevados.
Portanto, estão substituindo os cultivos. Por exemplo, o pequeno agricultor do centro-oeste, onde se produzia feijão, não consegue mais cultivar o alimento, porque a soja levou para a região uma lagarta branca, que não faz mal a ela, mas ataca o feijão.
A questão chave não é que precisamos de mais terras. Quando esse argumento é utilizado pelo setor patronal, ele sempre está pensado na floresta, nos biomas, nas áreas de preservação, quando, na verdade, o sistema do agronegócio já incorporou uma área tão grande, que a gente poderia, só em termos produtivistas, dobrar a produção ou mais sem avançar sobre o cerrado, sobre a Mata Atlântica, sobre a Amazônia.” Sergio Sauer
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