Bancos vão ao conar
Bradesco, Itaú e Santander
Os grandes bancos Bradesco, Itaú e Santander recorreram ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) e solicitaram um liminar para que a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) retirasse sua campanha de defesa do parcelamento sem juros no cartão.
Bancos
No entanto, o pedido apresenta uma contradição com relação à informação de que os bancos desejam prejudicar o parcelamento.
A solicitação dos bancos ocorreu na véspera do feriado de 7 de setembro e argumenta que as peças publicitárias veiculadas pela Abrasel contêm informações falsas ao afirmar que os bancos têm a intenção de eliminar o parcelamento sem juros no âmbito da discussão sobre o financiamento rotativo no cartão de crédito.
Abrasel
A Abrasel alega que as mudanças no parcelamento sem juros resultariam em prejuízos para o setor de comércio e serviços, beneficiando apenas as instituições financeiras.
Paulo Solmucci
Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, observa que nossos próprios argumentos apresentados ao Conar os bancos autorizaram que forneceram ao governo um estudo que indicava a necessidade de alterações no parcelamento sem juros.
No entanto, utilizam termos eufemísticos como “redesenho” ou “remodelagem”. Ele destaca que a imprensa já divulgou inúmeras reportagens sobre a verdadeira intenção dos bancos: prejudica a competitividade desse tipo de parcelamento.
A Abrasel, portanto, trouxe à sociedade um alerta claro e transparente, convidando-a a participar do debate.
Além disso, no pedido ao Conar, a Febraban e os três grandes bancos também cancelaram o sucesso do parcelamento sem juros no Brasil.
Paulo Solmucci destaca que estão tentando silenciá-los, apesar do apoio que recebeu de parlamentares, autoridades e da sociedade em relação a esse alerta.
Ele enfatiza a importância de um debate público sobre o tema, afirmando que o Brasil não aceita mais acordos secretos realizados nos bastidores, especialmente quando se trata de uma questão que afeta milhões de pessoas.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.