Capital dos restaurantes e botecos. @porlucasmachado

Belo Horizonte: capital dos restaurantes e botecos eleita pela UNESCO capital da gastronomia criativa

Capital dos restaurantes e botecos


Conhecida popularmente como a capital dos bares e também declarada Cidade criativa da gastronomia pela Unesco em 2019, Belo Horizonte carrega em sua cultura uma ligação muito forte com os botecos.

Além disso, foi esta relação que a tese “Autenticidade e nostalgia na experiência dos consumidores de bares e botecos de Belo Horizonte – capital criativa da gastronomia”,

Foi o que a pesquisadora Georgia Caetano dos Santos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) buscou entender.

Capital dos bares e butecos

Primeiramente, os entrevistados (durante a pesquisa para a tese) narravam sua ligação com os bares com muita nostalgia. Além disso, citaram momentos da infância em que estiveram nos botecos junto aos pais, tio, avós e ficaram brincando nos ambientes. É uma lembrança de tempos bons para a maioria, analisa Georgia.

3ª maior região metropolitana do país

Apesar de ser o segundo estado mais populoso do país, inclusive com a 3ª maior região metropolitana do país, Minas Gerais tem uma relação muito ligada ao interior mesmo em sua capital.

Assim, é um local muito conhecido pelas cidades históricas, gastronomia e também pela hospitalidade de sua população. Além disso, é reconhecida pelo Traveller Review Awards 2021 como uma das dez regiões mais acolhedoras do mundo.

Em todo este contexto, reflete-se na preferência dos consumidores mineiros em bares. Nesse sentido, de acordo com Georgia, fatores relatados como essenciais nos estabelecimentos remetem ao senso de pertencimento do mineiro.

A capital mineira tem 40.620 estabelecimentos de gastronomia

Por conseguinte, a capital mineira tem 40.620 estabelecimentos de gastronomia, de acordo com dados do Cadastro Municipal de Contribuintes, de maio de 2022. Desse modo, cerca de 14 mil são bares. Portanto, fica evidente um mercado muito competitivo, porém com muita demanda em Belo Horizonte.

Em relação ao consumo de álcool, de acordo com um estudo realizado pela IPC Maps, especialista em potencial de consumo brasileiro.

Minas Gerais se destaca no cenário nacional pelo seu consumo de bebidas alcoólicas, com um gasto total de R$ 2,8 bilhões, e ocupa a segunda posição no ranking. Nesse sentido, fica atrás apenas de São Paulo, que registrou um gasto de impressionantes R$ 7,4 bi no último ano. Em terceiro lugar encontra-se o Rio de Janeiro, com uma diferença de R$ 5 bilhões para o segundo colocado.

Bebidas alcoólicas

Assim sendo, é notável o crescimento do gasto em Minas Gerais, com um aumento de 9,6% em relação ao ano anterior, consolidando-se como um reflexo da retomada econômica. Comparado ao primeiro ano da pandemia de Covid-19, em 2020, o aumento foi ainda mais significativo, e chegou a 22%. Esses números evidenciam a relevância do setor de bebidas alcoólicas no estado e sua contribuição para a economia local.

Além disso, ressalta a importância de mencionar que a preferência dos consumidores por bares e botecos em Minas Gerais está diretamente relacionada à sua cultura e tradição.

Em suma, Belo Horizonte se destaca como uma cidade que valoriza seus botecos, trazendo consigo a nostalgia e a autenticidade que encantam os consumidores.

A ligação afetiva com esses estabelecimentos, repleta de memórias afetivas, contribui para o fortalecimento desse mercado competitivo, onde a inovação e a hospitalidade, características intrínsecas ao povo mineiro, desempenham um papel fundamental.

Ao mesmo tempo, o consumo de bebidas alcoólicas em Minas Gerais evidencia a importância econômica desse setor, destacando a contribuição do estado para o cenário nacional.

Dessa forma, Belo Horizonte se mantém como um polo gastronômico vibrante, onde os bares e botecos são não apenas locais de encontro e descontração, mas também guardiões de tradições e valores culturais que fazem parte da identidade mineira.

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