colaborador é tendência

Atenção ao colaborador é tendência para empresas em 2024

O futuro do trabalho será focado no indivíduo e deve continuar a incluir tecnologias e preocupações ambientais

Atenção ao colaborador é tendência para empresas em 2024

A importância dada à atenção e aos cuidados dedicados aos colaboradores é tendência para o cenário empresarial de 2024. Conforme as organizações percebem a importância do bem-estar e da saúde física e mental dos profissionais para o sucesso empresarial, estratégias voltadas para a satisfação e o engajamento no trabalho ganham força.

Impulsionada pela tecnologia e por mudanças nas expectativas dos funcionários, as companhias estão reavaliando cada vez mais suas abordagens para proporcionar um ambiente corporativo de desenvolvimento e florescimento de seus colaboradores. Nesse contexto, criar um organograma eficiente que estruture a empresa com foco no bem-estar dos colaboradores é essencial. A constante preocupação social e ambiental também faz parte dessa tendência que tem o fator humano como principal foco de dedicação.

A Randstad analisou as tendências do mundo do trabalho para o próximo ano e destacou cinco pilares. Eles trazem caminhos e visões para estabelecer ambientes mais harmoniosos, produtivos e gerar mudanças positivas para os profissionais inseridos nas empresas.

De acordo com a pesquisa “O futuro do trabalho focado no indivíduo”, esses aspectos incluem crescimento profissional, numa perspectiva de compromisso compartilhado; priorização de pessoas para uma experiência de trabalho cada vez mais humana; remuneração criativa e em sintonia com as novas expectativas dos talentos; futuro próspero e equitativo para incluir e defender com autenticidade; e pertencimento e propósito, características consideradas fundamentais na corrida por talentos.

Em relação à tendência de priorizar pessoas para uma experiência cada vez mais humana no trabalho, o estudo revela que 72% dos entrevistados consideram o emprego como uma parte intrínseca de suas vidas, ainda que não sintam prazer direto nele. Cada vez mais, contudo, os profissionais buscam por oportunidades que se encaixem nas suas vidas e não o contrário. Segundo a pesquisa, 38% da geração Z já largou uma vaga por não estar em consonância com seus propósitos e metas pessoais.

A consolidação de cargos como o de chief happiness officer (CHO) nas grandes corporações é um dos exemplos mencionados pelo levantamento que deixa evidente a crescente humanização nas propostas de valor ao funcionário. O estudo destaca que mais da metade (54%) dos líderes de capital humano investem em programas de bem-estar.

Tecnologia e humanização cada vez mais presentes

Conforme destaca o diretor de recursos humanos do LinkedIn, Alexandre Ullman, em entrevista a portais especializados, o acolhimento ganha cada vez mais relevância nas relações de trabalho. Ele acredita que a retenção de talentos vai passar pelo investimento no bem-estar do profissional. E lembra, ainda, de políticas flexíveis que o próprio LinkedIn adota, como o regime de trabalho híbrido e a possibilidade de conciliar horários, que devem continuar nos próximos anos.

Especialistas ressaltam também que o papel do RH em 2024 será apoiar as mudanças tecnológicas das organizações, ao mesmo tempo em que fortalece o fator humano dessa equação. Os profissionais da área devem estar mais atentos a fatores de esgotamento, como afastamentos por burnout e incluir os líderes e executivos na conversa sobre o que pode ser feito para melhorar essas situações.

Nesse contexto, portanto, a tecnologia também emerge como uma tendência já presente e que deve se solidificar. Segundo previsões do Gartner, deve haver um aumento de 8% nos investimentos globais nesse setor em 2024. De acordo com dados do LinkedIn de 2023, nos últimos dois anos no Brasil, vagas que mencionam Inteligência Artificial (IA), por exemplo, mais do que triplicaram. O estudo reitera que esse fenômeno segue uma tendência mundial.

O levantamento mostra ainda que 80% dos profissionais de RH percebem a IA como uma ferramenta importante nos próximos cinco anos, por automatizar tarefas repetitivas e permitir que os profissionais foquem nos aspectos mais humanos e estratégicos das suas funções.

A implementação de técnicas voltadas para a análise de dados no RH é outra tendência relacionada à tecnologia que deve ganhar espaço. Segundo pesquisa da McKinsey, o uso de métodos de gestão de pessoas que precisam da coleta e avaliação de informações sobre os funcionários, como o people analytics, pode melhorar em 80% a eficiência dos processos de recrutamentos, incrementar em 25% a produtividade do negócio e reduzir em 50% o turnover.

Estratégias para manter o trabalho focado no indivíduo

De acordo com o estudo Marca Empregadora, da Randstad, diante de um panorama em que o bem-estar aparece como um fator consolidado para atrair e reter talentos, duas questões sobre essa realidade aparecem entre os cinco principais requisitos na escolha de um empregador. Metade dos brasileiros entrevistados também expressou a importância de benefícios relacionados à saúde mental.

O relatório da pesquisa “O futuro do trabalho focado no indivíduo”, da Randstad, traz algumas dicas do seu diretor comercial, Toni Camargo. A primeira delas tem foco na implementação de estratégias avançadas de flexibilidade do ambiente de trabalho. Para isso, é indicado que os líderes reavaliem as diretrizes corporativas com atenção ao bem-estar dos funcionários.

Além disso, segundo o especialista, é preciso focar no conjunto de aspectos que favorecem e contribuem para o bem-estar. Para isso, a dica é investir em um ambiente de contínuo crescimento por meio de diálogos e mentorias, prestar assistência imediata em casos de crise pessoal e fornecer planos de saúde robustos.

Manter o equilíbrio entre trabalho e bem-estar dos colaboradores é outro caminho que deve ser seguido. A ideia é integrar iniciativas que promovam a eficiência no trabalho e, ao mesmo tempo, a saúde mental.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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