As Amazonas

FASCINANTE TEORIA CIENTÍFICA QUE DEFENDE TEREM AS AMAZONAS EXISTIDO NO PASSADO DO BRASIL

Os Fatos Históricos por Detrás da Mitificação das Amazonas

FASCINANTE TEORIA CIENTÍFICA QUE DEFENDE TEREM AS AMAZONAS EXISTIDO NO PASSADO DO BRASIL

Quando os conquistadores espanhóis embrenharam-se no Norte do Brasil no séc. XVI e travaram conhecimento com os indígenas locais, esses lhes afirmaram ser seu interior governado por uma sociedade matriarcal composta por belicosas “mulheres sagradas sem marido”. Tais mulheres foram associadas pelos conquistadores às Amazonas da antiga Grécia.

Os leitores mais aplicados que persistirem na leitura dessa extensa matéria até a sua conclusão serão muito bem recompensados, em virtude de adquirirem um conhecimento aprofundado sobre um dos capítulos mais épicos e grandiosos da História do Brasil, representado pela desconhecida história das Amazonas. Além disso, para instigar ainda mais tais leitores aficionados pelas disciplinas e temáticas relacionadas, será apresentada nessa matéria uma teoria inédita sobre as Amazonas, feita por autoridades internacionalmente reconhecidas nas áreas pertinentes.

Tendo por fim aguçar o interesse desses leitores pelo assunto que será aqui tratado, é necessário enfatizar ser muitíssimo raro deparar-se com textos que, assim como este, se aprofundem na desconhecida e pouco elucidada temática respeitante às Amazonas. Além disso, a história de tais mulheres sagradas representa um dos aspectos menos conhecidos da Cultura brasileira, muito embora essas constituam um dos seus maiores símbolos nacionais, o que justifica um aprofundamento nesse assunto.

Segundo as tradições indígenas e referências históricas, essas “mulheres sagradas sem marido” eram altas, brancas e tinham cabelos claros, de modo a apresentarem intrigantes e inusitadas características físicas, raramente presentes na América do Sul pré-colombiana.

De maneira extraordinária ,tais características somáticas seriam provavelmente resultantes de miscigenações com os europeus realizadas na América do Sul durante a antiguidade.

Faz-se necessário deixar claro que as “mulheres brancas sem marido” mencionadas de forma recorrente pelas tradições indígenas brasileiras e referências históricas foram de forma errônea associadas às mitológicas Amazonas da antiga Grécia pelos conquistadores espanhóis.

Essa associação equivocada foi feita sobretudo em virtude das referidas características físicas de tais mulheres descritas mais acima. Vale lembrar que nenhuma das tradições indígenas e teorias científicas relacionadas fornecem elementos que corroborem essa associação falaciosa. Sendo assim, a visão comum que se tem sobre as Amazonas é uma mistura de fatos históricos com elementos míticos.

Embora a referida associação seja historicamente incorreta, nesse texto será utilizada em certos casos a denominação de uso corrente “Amazonas” para designar tais mulheres a que se referem as tradições indígenas.

Incrivelmente, a hipótese mais provável indica que tais características físicas sejam devidas ao intercâmbio cultural entre populações nativas e européias, por meio de navegações transoceânicas na era pré-colombiana, realizadas pelos Celtas da Península Ibérica ( Celtiberos) e por Galaicos da Cultura Castro da atual Espanha.

Hans Giffhorn e a Teoria de que os Celtas chegaram à América do Sul na Antiguidade

Pode-se considerar seriamente a possibilidade de ter havido esse intercâmbio cultural transoceânico através da análise das pesquisas de Hans Giffhorn, professor de estudos culturais das universidades germânicas de Göttingen e Hildesheim e autor da polêmica obra “A América foi descoberta nos tempos antigos? Cartagineses, Celtas e o mistério do Chachapoya” ,publicadana Alemanha pela editora C.H. Beck e ainda inédita no Brasil.

A possibilidade de terem existido caucasoides no subcontinente Sul-Americano durante a era pré-colombiana não é aceita por boa parte da comunidade científica, constituindo motivo de acalorados debates. Embora a teoria de Giffhorn tenha sido criticada por muitos, não foi feito até agora nenhum artigo científico que viesse a refutá-la de modo definitivo e formal.

Dentre as referidas críticas à teoria de Giffhorn, algumas se mostraram sem fundamento, tendo sido derrubadas pelas novas argumentações desse autor. Já, outras críticas se revelaram válidas, o que levou tal autor a reformular parte de sua teoria, de modo a excluir a possibilidade de que os Cartagineses tenham participado do grupo de navegadores pré-colombianos por essa tratado.

Os pesquisadores contrários à teoria acerca da presença de caucasoides na antiguidade do nosso subcontinente negam de forma evasiva e sem quaisquer justificativas sólidas a veracidade dos relatos dos cronistas coloniais e das tradições indígenas pertinentes. As críticas dos que são contrários a essa teoria acabam por atacar e depreciar ilegitimamente algumas das maiores personalidades do passado da América do Sul responsáveis por tais referências históricas. Desse modo , atentam de maneira arbitrária contra a credibilidade e a memória dessas personalidades históricas.

A origem das possíveis características caucasóides dessas mulheres sagradas cuja existência era afirmada pelas referências históricas e tradições indígenas, representa um dos maiores problemas científicos da história, da etnologia, da antropologia, da genética e da arqueologia brasileiras.

No entanto, muitos cientistas acabam por se esquivar da teoria de Giffhorn ,por temerem ser banidos do mainstream da comunidade científica, que monopoliza os recursos destinados à pesquisa e nomeia seus defensores para os mais importantes cargos acadêmicos.

Teoria Inédita de Roland Stevenson e Luiz Galdino Sobre as Amazonas

No decorrer dessa matéria serão apresentados os argumentos que fundamentam uma fascinante teoria até agora inédita que pode vir a contribuir para a democratização das instituições de pesquisa e para a solução desse problema científico, no caso de ulteriores análises arqueológicas e genéticas vierem a comprová-la definitivamente.

Tal teoria, corroborada em parte pela hipótese de Giffhorn citada acima, foi criada pelo célebre antropólogo, explorador e internacionalmente reconhecido artista plástico Roland Stevenson (RIP) com a colaboração de sua equipe de pesquisadores de renomadas universidades nacionais e internacionais. Tal como será aprofundado nessa matéria, a teoria da equipe Roland Stevenson indica que as Amazonas eram descendentes das Virgens do Sol Incas de origem Chachapoya que fugiram da invasão espanhola.

As Amazonas Descritas por Orellana e Gaspar de Carvajal

Em Janeiro do ano de 1542, o cronista Gaspar de Carvajal, designado escrivão da frota do descobridor do rio Amazonas e conquistador Francisco de Orellana, relatou ter o grupo de expedicionários do qual participava contatado indígenas amigos na região próxima à confluência dos rios Napo e Marañón. Segundo Carvajal, tais indígenas informaram a essa frota ser o interior da Amazônia comandado por “grandes senhoras” muito instruídas na guerra, por esses denominadas de Cunhāpuiuaras.

Muito embora tenha sido advertida pelos indígenas amigos a se manter afastada das Cunhāpuiuaras ,a tropa continuou o seu percurso e entrou numa região comandada por essas mulheres. Então, no dia 24 de junho de 1542, a tropa de Orellana finalmente se deparou com as Amazonas.

Após esse encontro que ocorreu no atual rio Amazonas ,tal tropa travou um duro combate com essas mulheres ,acompanhadas pelos índios que eram seus súditos. A título de esclarecimento, é necessário afirmar terem sido tais súditos chamados de Ikam-iabas por Carvajal, conquanto muitos historiadores pensem erroneamente que essa denominação se refira às próprias Amazonas.

Nesse duro combate, os espanhóis foram derrotados e bateram em rápida retirada. A árdua batalha durou três dias e noites ininterruptos, tendo os próprios Carvajal e Orellana tido tempo de observarem de perto e de forma minuciosa a brancura, a elevada estatura e os cabelos claros das Cunhāpuiuaras . Em memória a esse épico combate, esse gigantesco curso d’água foi batizado de rio das Amazonas, fazendo alusão à realidade histórica desse acontecimento.

Denominação dada pelos Indígenas às Amazonas

Segundo o especialista em língua quéchua e engenheiro de minas peruano Felipe Thica, os morfemas que compõem a palavra composta por justaposição Cunhãpuiuara nessa língua podem ser traduzidos da seguinte forma: cunhá (mulher); pui (barulhento) ; uara (sagrado que é real ou que se pode tocar).

Um ponto importante a ser considerado nessa tradução é que a palavra uara do quéchua antigo mencionada acima significa algo que é sagrado e material ou que se pode tocar ,enquanto a palavra waca se distingue daquela por significar algo que é sagrado e imaterial ou que não se pode tocar. Sendo assim, o morfema uara presente na palavra composta por justaposição Cunhãpuiuara indica que essas mulheres sagradas eram materiais e palpáveis, não uma lenda ou entidade imaterial advinda do imaginário.

Embora exista uma outra tradução possível para tal palavra composta da língua tupi, essa parece pouco convincente, uma vez que não faz alusão ao adjetivo “sagradas” que era atribuído às referidas mulheres pela imensa maioria das tradições indígenas pertinentes.

Um dado antropológico que indica ser mais convincente a tradução do quéchua proposta por Thica é concernente à definição dada a essas mulheres pelos indígenas Aruak. Tal definição ,segundo o naturalista e botânico Barbosa Rodrigues, indica que tais mulheres eram por aqueles chamadas de “Virgens Sagradas de Izy”, o que as qualifica explicitamente com o adjetivo “sagradas”. Outra questão que deve ser aqui mencionada é o fato de que ,segundo o célebre antropólogo e historiador Fernando Sampaio, para os indígenas Tariana do tronco Aruak, a palavra Izy significa “filho do sol” , indicando que esse tronco linguístico definia as Amazonas como “Virgens Sagradas do Sol”, o que fornece indícios de que essas eram associadas às sacerdotisas do Peru que possuíam a mesma denominação, tal como será demonstrado mais à frente.

Além disso, corroboram essa definição as referências históricas do índio Trombeta capturado pala tropa liderada por Orellana ,tendo o primeiro afirmado ao segundo que essas mulheres possuíam templos para adoração ao sol. Essas traduções permitem uma associação entre as Cunhãpuiuaras e as Virgens do Sol Incas de origem Chachapoya, constituindo esse um dos indícios que fundamentam a teoria de Roland Stevenson e equipe, tal como a seguir será demonstrado.

As Amazonas e as Virgens do Sol Incas de Origem Chachapoya

Os Chachapoyas eram uma cultura bastante peculiar que se desenvolveu na região Amazônica peruana e foi incorporada pelo império Inca pouco antes da invasão espanhola. Os Chachapoyas possuíam características físicas que os diferenciavam das demais populações indígenas sul-americanas, sendo esses tidos pelas referências históricas como muito brancos, altos e de cabelos ruivos ou louros. Essas características físicas historicamente atribuídas aos Chachapoya são muito importantes para a elucidação do problema científico tratado nessa matéria .

Deve-se enfatizar que a supracitada descrição das características somáticas dos Chachapoyas coincide perfeitamente com aquela atribuída pelas referências históricas e tradições indígenas às Amazonas. Dessa forma, tais referências contribuem para fundamentar a teoria de que as segundas eram descendentes dos primeiros.

O cronista Cieza de León, em sua obra “Crônicas do Peru”, escrita por volta do ano de 1550 ,afirma que os índios Cahachapoya “são os mais brancos e agraciados de todos que já vi nas regiões das Índias por onde andei e suas mulheres eram tão belas que, por sua gentileza, mereceram ser mulheres dos Incas e foram levadas para os templos do sol”.

A fim de fundamentar tal teoria, deve-se também levar em conta que a referência histórica de Cieza de León citada acima afirma que muitas das Chachapoya, devido a sua grande beleza , eram escolhidas para fazerem parte das concubinas reais dos imperadores Incas chamadas de Virgens do Sol, denominadas em quéchua de Intiq Akllasqan. As Virgens do Sol eram sacerdotisas de grande beleza que viviam enclausuradas nos templos que cultuavam esse astro e prestavam serviços ritualísticos à divindade solar chamada Inti pelos Incas. Apenas o sumo sacerdote e o imperador Inca poderiam contemplar tais “virgens”, sendo permitido unicamente ao rei ter conjunções carnais e engravidá-las.

Seriam os Chachapoyas Resultantes de uma Antiga Miscigenação com Caucasoides ?

Quando Giffhorn publicou a sua teoria no ano de 2014, diversos de seus críticos o atacaram injustamente, alegando que não existiam menções históricas que afirmavam terem os Chachapoyas de fato características somáticas semelhantes as dos europeus. Segundo tais críticos, as referências históricas indicavam apenas que muitos dos Chachapoyas tinham as peles menos morenas do que a da população local e cabelos castanhos . Sendo assim, na visão de tais críticos, eles eram apenas um pouco mais claros do que as demais culturas indígenas da América do Sul, o que não evidenciaria tal miscigenação.

Entretanto , Giffhorn refutou tais críticas com bastante facilidade. Segundo Giffhorn, referências históricas pouco conhecidas do cronista e conquistador espanhol Pedro Pizarro afirmavam que “este povo do Peru é branco com cabelos loiros escuros a castanhos” .Além disso, Pedro Pizarro afirma ter visto nos seus povoamentos uma “mulher e uma criança tão brancas e tão loiras como você dificilmente vê em qualquer outro lugar.” (Fontes em Giffhorn 2013 e 2014, p.253f). Essas referências indicam claramente que muitos dos Chachapoyas eram de fato louros, de modo a refutar as críticas feitas a Giffhorn.

Não obstante, Giffhorn apresenta argumentos ainda mais contundentes que corroboram a referida miscigenação com caucasoides. Em 31 de janeiro de 1843, o descobridor da fortaleza Chachapoya de Kuelap e desembargador Cristomo Nieto, em seu relatório ao prefeito do departamento do Amazonas, D. Miguel Mesia, descreveu que encontrou na fortaleza: quatro múmias “com cabelos loiros cortados e finos e não como os dos índios de hoje” (em “Colección de leyes, decretos, resoluciones i otros documentos oficiales” Imp. de “La Opinión Nacional”, Lima 1905), Giffhorn 2014, p.240f. Essa referência de primeira mão comprova historicamente que muitos dos Chachapoyas eram louros, uma vez que a coloração dos cabelos de múmias não muda com o decorrer do tempo. Essa menção histórica constitui uma evidência robusta de que esses indígenas de fato eram resultantes da referida miscigenação.

A Teoria Científica Inédita que Associa as Amazonas às Virgens do Sol Incas

A fim de fundamentar ainda mais a teoria de Roland Stevenson e equipe de que as Amazonas eram descendentes das Virgens do Sol Incas de origem Chachapoya ,faz-se necessário expor mais alguns argumentos.

Em primeiro lugar ,deve-se mencionar que diversas referências históricas indicam que as Amazonas possuíam costumes que permitem relacioná-las aos Incas. Conforme as informações obtidas pelo cronista Gaspar de Carvajal junto a um índio Trombeta que havia capturado, essas mulheres andavam vestidas, ao contrário das da costa do rio Amazonas, “com roupas de lã muito fina porque nessa terra há muitas ovelhas do Peru” e “usavam cobertores presos por cima com uns cordões”, além de afirmarem que possuíam “camelos de carga” de cuja lã eram feitas as suas vestimentas. Tais informações indicam que as Cunhãpuiuaras usavam vestimentas semelhantes as dos Incas e Chachapoya, como roupas de lã e ponchos. Além disso, indicam que essas mulheres possuíam camelídeos como lhamas e vicunhas , o que permite associá-las a essa civilização andina.

A título de esclarecimento, deve-se salientar que as Cunhāpuiuaras usavam essas vestimentas somente nas regiões montanhosas de clima mais ameno da Amazônia ,onde vieram a estabelecer-se.

Em segundo lugar, é necessário mencionar que, baseado em depoimentos indígenas, Carvajal afirma que as Amazonas habitavam “casas de pedra com portas”, o que constitui mais um elemento que fundamenta tal associação.

Em terceiro lugar, é preciso mencionar que Carvajal afirmou as mesmas informações que recebera do Índio Trombeta lhe haviam sido dadas anteriormente pelos indígenas de Quito, que é a atual capital do Equador. Sendo que Quito fazia parte do Império Inca, fica claro que as Amazonas eram associadas a essa civilização.

A teoria de Stevenson implica que as Amazonas se miscigenaram com indígenas locais, muito embora a tradição que afirma não terem essas maridos pareça à primeira vista insinuar o contrário. Sendo assim, deve-se esclarecer que ,segundo as tradições indígenas e referências de Carvajal, as Amazonas se procriavam. Muito embora a sua cultura fosse composta somente por mulheres, elas tinham uma maneira particular de procriação.

Segundo as tradições indígenas e referências históricas ,essas mulheres recolhiam indígenas masculinos que eram seus súditos para fins de procriação e os devolviam posteriormente as suas aldeias, presenteando-lhes com um amuleto chamado de muiraquitã. Se as crianças que gerassem fossem masculinas, eram devolvidas às aldeias de seus pais e se fossem femininas eram criadas pelas Amazonas em suas cidadelas.

As Amazonas e a Enigmática Serra Parima

A imensa maioria das referências históricas e antropológicas indica que as Amazonas habitavam as serras do extremo norte da Amazônia. Isso faz bastante sentido ,pois essa região possui características geográficas , climáticas e ambientais muito semelhantes àquelas apresentadas nas localidades originalmente habitadas pelos Chachapoya.

Segundo os dados antropológicos coletados junto aos indígenas por Barbosa Rodrigues junto aos Aruak , as Amazonas vieram a se fixar na região próxima a Serra Parima que avizinhava o rio Içana, o qual é um afluente do rio Negro situado no nordeste do Amazonas.

Conforme as referências históricas do então Governador da Guiana Antônio de Berrio, transcritas pelo cronista Alonso Pontes em 1584, os indígenas Achauá lhe informaram que havia outra comunidade de mulheres sagradas muito brancas na região da Serra Parima, nas nascentes do rio Catrimani e Parime.

Corroboram essas afirmações os relatos obtidos pelo etnologista e explorador alemão Theodor Koch-Grünberg coletados junto aos índios Taurepang, os quais diziam que “as mulheres sem marido” teriam se fixado na Serra Parima, situada na fronteira entre Roraima e Venezuela e depois na Serra Tumucumaque, localizada no limite entre o estado do Pará e o Suriname.

A descoberta dos Guariba Brancos descendentes das Amazonas

Somente no ano de 1760 os primeiros conquistadores espanhóis chegaram à região tida tradicionalmente como a habitação das Amazonas na Serra Parima. O primeiro encontro com a cultura indígena que lá se estabeleceu foi realizado pelo explorador espanhol Apolinar Diez de la Fuente.

Como era de se esperar ,quando esse explorador chegou à região tradicionalmente habitada pelas Amazonas, ele mesmo pôde constatar a brancura de seus habitantes, referindo-se aos mesmos como “brancos iguais a soldados espanhóis”, o que permite deduzir que tais indígenas eram de fato descendentes das Cunhāpuiuaras ,em razão de possuírem características caucasóides.

Logo depois da referida expedição, o padre venezuelano Ramón Bueno, chamou tais indígenas de “guaribas brancos” em seu “Tratado Histórico de 1800” , de forma a confirmar a brancura da pele desses. Faz-se necessário elucidar que os Guaribas Brancos constituíram um dos ancestrais dos Yanomami.

Roland Stevenson e os Descendentes das Amazonas

No início da década de 1980 ,o antropólogo Roland Stevenson chegou às imediações da região tradicionalmente habitada pelas Amazonas e pelos prováveis descendentes dessas.

Por essa ocasião, Stevenson surpreendentemente observou que boa parte dos indígenas que lá habitavam de fato possuíam características físicas que indicavam miscigenação com caucasóides.

Ao contrário das demais culturas indígenas da Amazônia, é muito comum a presença de tais características entre os Yanomami, Taurepang, Desana e Waiwai que habitam a região relacionada às Amazonas e aos Guariba Brancos, que é a mais remota, isolada e de difícil acesso do Brasil.

Foi essa observação que possibilitou a ulterior elaboração da teoria tratada nessa matéria, sendo que a comprovada existência até os dias de hoje de índios brancos nas regiões tradicionalmente habitadas pelas Amazonas é um indício consistente acerca da existência dessas no passado.

É preciso considerar que as características físicas desses índios brancos não podem ser tidas como resultado de miscigenações recentes. É possível chegar a essa conclusão levando em conta que as referências históricas baseadas em dados indígenas afirmam a presença de mulheres indígenas brancas nas regiões relacionadas antes mesmo do primeiro contato direto com os colonizadores. Portanto, esse primeiro contato com os Guaribas Brancos comprovou historicamente a existência dessas mulheres sagradas.

Fotografia tirada na década de 1980 de um indígena branco Yanomami com traços que indicam miscigenação com caucasoides provavelmente descendente das Amazonas. Imagem: Roland Stevenson

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do foi nesse texto afirmado ,conclui-se ser extremamente necessário que as autoridades fomentem a realização de pesquisas arqueológicas de campo e prospecções remotas na região pertinente, uma vez que as referências históricas e tradições indígenas permitem deduzir ser essa uma das de maior potencial arqueológico do mundo.

Cabe também às autoridades competentes fomentarem a pluralidade e a democratização das instituições de pesquisa, pois nem sempre as teorias defendidas pelos mainstream acadêmico se mostram corretas. Se tal pluralidade estimula o avanço do conhecimento científico, não se pode permitir que visões hegemônicas monopolizem os recursos destinados à pesquisa.

Por fim, é necessário que sejam realizados de forma urgente testes de yDNA e mtDNA nesses índios brancos da Amazônia brasileira, visando comparar seus resultados com o dos descendentes dos Chachapoya chamados no Peru de “gringuitos”. Ademais ,o resultado dos exames genéticos a serem realizados nos índios brancos do Norte da Amazônia deve ser comparado com o das antigas múmias Chachapoyas. Depois disso, tais resultados devem ser comparados aos haplogrupos relacionados aos Celtiberos e Galaicos europeus.

Sendo que tais exames genéticos podem comprovar a existência das Amazonas no passado, a realização de tais pesquisas se mostra extremamente necessária para a Cultura da América do Sul.

Diante de um problema científico desse porte, que diz respeito a um dos maiores ícones e símbolos da cultura brasileira no mundo , o qual é representado pelas Amazonas, as autoridades não podem permanecer de braços cruzados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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