Futebol Americano: BH tem cada vez mais mulheres atuando na modalidade
A princípio um dos esportes que mais cresce no Brasil tem chamado a atenção, não só pelo número de adeptos e seguidores.
Mas, principalmente, pela quantidade de mulheres, que, cada dia ingressam no futebol americano, em diversos segmentos.
Primeiramente de acordo com um estudo realizado em 2016 pela ESPN, o Brasil é o 3º país que mais consome futebol americano, a nível nacional. E percebe-se que estes dados já se tornaram uma realidade.
Afinal, temos ao todo, 414 times brasileiros, atuando em ligas estaduais, regionais e nacionais, além de inúmeros eventos que atraem visibilidade de coachs e times estrangeiros.
À exemplo da empresa Brasil Futebol Americano, que já se tornou referência também neste segmento através de eventos, promovendo grandes ações para atletas e amantes do esporte e da cultura norte-americana.
Porém, o principal crescimento que tem chamado a atenção de todos os atletas, coachs, patrocinadores e pessoas ligadas ao universo do futebol americano aqui no Brasil, é o aumento da quantidade de mulheres que estão abraçando esta modalidade, em diferentes segmentos.
Segundo Bárbara Assis, presidente da AMAFAM – Associação Mineira de Árbitros de Futebol Americano, que nos concedeu uma breve entrevista.
Dessa forma a presidente explica como funciona esse engajamento feminino no FA e acima de tudo, em que a pandemia tem auxiliado para propagar o esporte.
“Meu ingresso neste universo maravilhoso do FABR começou em 2008, há
muito tempo mesmo. Tomei amor pelo esporte e decidi não mais largar.
Entretanto atualmente, em MG, somos ao todo seis árbitras: eu; Mônica Mucelli; Jéssica Mara; Thais Ferreira; Saula Carneiro e Dayra Gramiscelli.
Meu maior sonho é conseguir realizar uma arbitragem nacional 100% feminina. Conheço 2 árbitras no DF e 1 no Nordeste. Aproximadamente acredito que tenhamos umas 15 árbitras.
Em principio nunca tivemos árbitra mulher representando um estado; fui a primeira e hoje temos a Marjorie, representando uma equipe do Nordeste.
Da mesma forma, temos mulheres dominando o marketing digital, sendo dirigente de times, atuando ativamente na comissão técnica e, o mais extraordinário, temos atletas full pad. Isso é sensacional!
E, a meu ver, o que falta é visibilidade, investimento e oportunidade para essas mulheres mostrarem ainda mais do que são capazes.
Em resumo continuo trabalhando na minha área de formação, bem como investindo no modo home office, então não mudou muito a minha rotina, definitivamente.
Mas confesso que hoje tenho um tempo mais livre para desenvolver alguns projetos e tenho dedicado meu tempo cuidando mais de perto da AMAFAM;
Isto é, através de um programa de mecânica de árbitros que adquirimos do Referee Bob Arnone , do Alabama.
No entanto nossa meta é intensificar os estudos para que, quando esse momento difícil passar, em seguida tenhamos certeza na prática e na teoria que estaremos preparados para retornar aos campos.
Em suma, diante desta breve entrevista, não nos resta dúvidas de que o futebol americano criou raízes em solo verde e amarelo e sua consolidação vai além das estatísticas:
O FABR, termo já consolidado para os amantes da modalidade, oferece à cada partida ou evento, uma diversidade de culturas e troca de conhecimentos.
Entretanto oportunidades no mercado e formas de crescimento profissional para mulheres no esporte, que atuam não somente na arbitragem, como também nos setores administrativos; na comunicação, gestão de empresas e equipes e, principalmente, como atletas profissionais.
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