Morte súbita no esporte
Em virtude do cenário atual, há muitas reportagens falando sobre morte súbita no esporte. O tema chama atenção porque em geral estamos diante de pessoas consideradas saudáveis, jovens e com o corpo sarado.
E com o aumento dos casos noticiados fica a interrogação, mas por que isso aconteceu? Vacinar aumenta o risco de morte súbita?
Pois bem, tentarei explicar de uma forma bem prática como atuamos no futebol e nos esportes de alto rendimento.
Para que você, leitor, que queira praticar algum esporte tenha ciência dos cuidados e os passos a seguir para minimizar os riscos de eventos como os acontecidos recentemente.
Os jogadores: Wessam Abou Ali, de 22 anos do Vendsyssel, que teve um mal súbito em campo durante o jogo contra o Lyngby pela segunda divisão dinamarquesa.
Além do meia dinamarquês Eriksen, de 29 anos, que caiu desacordado no gramado na Eurocopa e precisou receber atendimento médico em campo.
Todos sabem que, no Brasil, as matérias sobre morte súbita no esporte tiveram um gatilho no caso Serginho do São Caetano em 2004.
Contudo por anos, fala-se que é necessário realizar uma consulta médica antes da prática regular de atividade física. em especial em praticantes de exercícios de moderada a alta intensidade, com foco em competições.
As orientações de avaliação pré-participação no esporte já existem há cerca de 50 anos, quando a Federação Brasileira de Medicina Desportiva.
Fundada, em 18 de novembro de 1962, e que passou a ser denominada Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBMEE) a partir de 16 de abril de 1993, a qual faço parte da diretoria atual e pregressa.
No futebol, especialmente nos clubes de série A, B e C do brasileirão, são realizadas avaliações de pré-temporada. São estas avaliações que geralmente revelam qualquer alteração que o atleta possa apresentar e impedir o treino de alto rendimento.
Neste formato, foi noticiado recentemente a aposentadoria do atacante argentino Agüero, que teve detectada uma pequena alteração em seu exame cardiológico.
Nas avaliações no início da temporada, em geral, realiza-se exames laboratoriais, exames cardiológicos, que variam desde eletrocardiograma a exames mais complexos, como ergoespirometria e ecocardiograma.
Além destes, também é sugerido a realização de um raio X de tórax e, neste momento de pandemia, estamos realizando rotineiramente exames RT-PCR para covid-19. Conforme a realidade do clube pode-se incrementar com mais exames e assegurar ainda mais a prevenção de eventos insatisfatórios na saúde do atleta.
Esta mesma realidade é sugerida nos atletas com deficiência, observando as peculiaridades de cada categoria e suas limitações.
A equipe médica das instituições esportivas ou o médico do esporte do atleta deve realizar uma boa anamnese, que são as perguntas feitas sobre sua saúde pregressa, atual e da sua família.
É essencial que o médico seja informado caso já tenha ocorrido algum episódio em sua vida de desmaios, convulsões, dores no peito, história prévia de problemas cardíacos, além de relatar qualquer doença anterior que possa impactar na segurança da prática do esporte.
Somando-se a isto, o médico irá realizar um exame físico rigoroso e avaliar todos os exames complementares que o atleta executou. Por fim, ele irá atestar se o paciente está apto ou não ao exercício físico.
Levando-se em consideração pacientes que apresentem qualquer comorbidade, como por exemplo hipertensão arterial, diabetes, este acompanhamento deve ser mais regular afim de evitar alguma intercorrência.
Além disso, devemos nos ater às substâncias utilizadas como doping que são capazes de provocar alterações cardiovasculares e até morte súbita, como esteroides anabolizantes como a efedrina, as anfetaminas e as drogas sociais como cocaína e ecstasy.
Finalmente, um efetivo protocolo local para emergências e socorristas treinados em suporte básico de vida, capazes de prover ressuscitação cardiopulmonar de qualidade e desfibrilação precoce, além de rápida transferência para unidades de suporte avançado de vida.
Esses constituem os pilares de sustentação para reduzir o número de morte súbita em atletas e o aumento da sobrevida das vítimas, como fora o caso do zagueiro Felipe do Atlético Goianiense, de apenas 18 anos.
Concluindo, a prática esportiva regular traz benefícios inquestionáveis à saúde dos indivíduos e deve ser estimulada em qualquer faixa etária.
Afinal, não há nenhuma comprovação científica que mostre alteração nos parâmetros de morte súbita com ou sem vacinação para covid-19.
O que a ciência nos diz é que devemos ter hábitos saudáveis e cuidados médicos essenciais antes de começar a suar a camisa.
Então nos acompanhe aqui neste canal e comece 2022 com muita energia e uma vida mais saudável.
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