Rede Wayuri jornalismo Indígena
Em tempos de fake news, a informação se tornou modelo de resistência. Primeiramente o jornalismo é ato de sobrevivência e fonte de informação de verdade, a partir de apuração.
No estado Amazonas, a Rede Wayuri surgiu como um ato de resistência indígena. Por lá, a ideia é a apuração de qualidade e combate à fake news.
A informação para indígenas
Da mesma forma a proposta da comunicação é assegurar a população local, além de levar informações para a população local. A rede surgiu em 2017 e conta com 26 comunicadores.
Sendo que, desse total, são mais de 10 povos diferentes. No Amazonas são mais de 420 comunidades. Eles se dividem em 23 etnias e idiomas. Contudo os índios são os condutores de informação.
Boletins no Spotify
No contexto, há comunicadores em geral e eles traduzem, escrevem, gravam e espalham as informações pela aldeia. Esse processo é chamado de boletim.
Assim, são esses boletins a fonte de informação de toda a aldeia. O processo de comunicação ganhou o mundo e, atualmente, é possível encontrar os boletins informativos no Spotify e SoundCloud.
Mas como a internet não é uma realidade de todas as aldeias, muitas vezes, o modelo de transmissão é analógico. Para se ter ideia, boa parte da transmissão de informação é feita por pendrive em barcos.
A viagem da notícia
Assim a notícia viaja por muitos destinos. Sendo que a prioridade é a disseminação de notícias reais. Um dos grandes motivos de informação são as rádios-postes.
Enfim, a proposta consiste em um megafone preso em um poste na aldeia. Por lá, há uma ciência de informações gerais, com foco de levar notícias do dia a dia para dentro da aldeia.
O mais interessante de todo o processo é a forma de reunião. Na ocasião, as pessoas se reúnem na aldeia para escutar as notícias e ficar informadas.
Rede Wayuri jornalismo Indígena
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.