Segunda-feira qual a sua desculpa?
Eu não tenho tempo, tá tudo muito difícil, não quero assumir minhas responsabilidades, a culpa não é minha. Eu não consigo.
Primeiramente nossos medos, nossos traumas, nossas crenças infundadas, nossos pensamentos ameaçadores, tudo isso nos leva a encontrar desculpas, isto é, justificativas para adiar o enfrentamento daquilo que mais gostaríamos de ser e fazer.
Desculpas como argumentos
À primeira vista, essas desculpas podem soar como bons argumentos para os outros. No
entanto, o que elas escondem pode ser algo que nos assusta, que nos leva a evitar nossa
essência, que nos leva a não dar ouvidos ao nosso eu mais profundo, escondido na rede de
atribulações da vida, mas que nunca parou de pulsar internamente.
Em seguida são pretextos criados por uma mente que racionaliza, que perde o sentido, que se esvazia no significado. Pretextos criados por uma mente que se colocou acima do coração.
Razão e emoção não precisam se opor
Somos seres racionais e emocionais, mas podemos nos perder de nós mesmos quando escolhemos enveredar e seguir preferencialmente apenas um destes caminhos. Quando racionalizamos em excesso ou quando sentimos em excesso.
Quando raciocinamos demais sem o necessário equilíbrio com nossas emoções, tendemos a encontrar desculpas para não enfrentar aquilo que fugimos ou evitamos olhar. Temporariamente, essas desculpas nos acalmam, nos dão um sossego e nos fazem acreditar que elas são reais. Nosso cérebro acredita nessas mentiras que contamos para nós mesmos.
Porém, chegará um tempo em que elas não vão nos servir mais. Aí, a dúvida e o incômodo vão se instalar. É chegado o tempo em que vamos desconfiar dessas historinhas que estamos contando para nós mesmos.
E desconfiamos porque desde sempre esses pretextos nos trazem dor. Eles nos fazem sofrer, mas nós preferimos ignorar e seguir vivendo no piloto automático. Nós ligamos o modo de sobrevivência e seguimos sem parar, vivendo loucamente e sem entender que estamos apenas sobrevivendo.
Ou escolhemos ou a vida escolhe por nós
Mas um dia chega o tempo em que tudo começa a ruir e vamos nos ver diante da encruzilhada do nosso ser. Forçosamente, vamos olhar no espelho de nossa alma e aqueles dois caminhos vão se apresentar novamente.
Agora, querendo ou não, vamos seguir o caminho das emoções. Vamos sentir demais, vamos sofrer demais. E também poderemos nos perder nessa trilha. Mais uma vez, cedo ou tarde, a vida vai nos dar a chance de rever nossas escolhas. Vamos nos ver tendo que escolher entre o caminho da repetição ou o do enfrentamento de nossas sombras mais temidas.
Chegou o tempo de buscarmos o equilíbrio que vai nos dar força para seguir adiante. Vamos encontrá lo quando tivermos a coragem de olhar para dentro de nós mesmos e iluminar o que tanto tememos.
Esse é o poder do autoconhecimento. Ele está aí, à nossa disposição para quando tivermos coragem suficiente para ser quem podemos ser, para fazer tudo que sonhamos e para dar sentido a nossas vidas.
Você anima? Ou vai continuar dando desculpas?
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.