Skate e Yoga: técnicas respiratórias, meditação e alta performance

Skate e Yoga: técnicas respiratórias, meditação e alta performance

O Yoga traz fluidez para as manobras, melhora o desempenho no rolê e ajuda a curar as lesões.

Skate e Yoga: técnicas respiratórias, meditação e alta performance.

Na Califórnia dos anos 50, surfistas improvisaram uma tábua de madeira com rodas para surfar no asfalto quando não tinha onda. Desde então, o skate foi se transformando e evoluindo.

Anos 80

Nos anos 80, se aproximou dos movimentos de contracultura e começou a adquirir uma identidade mais própria. Hoje, está nas olimpíadas, após anos existindo às margens da sociedade que não via a sua prática com bons olhos, nem mesmo como um esporte.

Só que a magia do skate sempre esteve presente no poder que ele tem de conectar as pessoas. Um ajuda o outro a evoluir, a superar seus medos e a tentar até conseguir. Você aprende a cair e levantar, ainda que esse possa ser um processo doloroso, literalmente.

Por ser uma atividade de alto impacto, gera muito desgaste, não só físico como mental, pela busca constante por evolução. A boa notícia é que aliando o Yoga ao skate, se alcança uma prática com mais equilíbrio, mais performance e menos dor.

E é sobre isso que vou falar hoje, inspirada na história do skatista, terapeuta ayurvédico e professor de skate, Guto Penteado.

O skate como estilo de vida

Guto começou no skate aos 10 anos. Gostava de surfar, mas em Curitiba, cidade onde nasceu e cresceu, não tem mar, então andava de skate na pista da Praça do Gaúcho, umas das primeiras do Brasil, que simula o surf. Ainda hoje, a influência do surf aparece no seu estilo mais flow, mais old school.

Em Curitiba, ingressou em uma carreira empresarial, ao mesmo tempo em que levava uma vida noturna agitada, por ser músico também. Só que esse life style levou seu corpo ao limite e por isso decidiu se mudar para Floripa, em busca de um estilo de vida mais saudável.

Chegando na ilha, foi morar ao lado da Hi Adventure, uma das pistas de skate pioneiras no Brasil – desde 1997, ano em que Rafael Bandarra construiu um bowl no quintal da sua casa — e que até hoje é palco de campeonatos.

Ali, fez a cobertura dos eventos de skate com a Shotspot (uma operação de fotografia de surf que trouxe para Floripa). E um tempo depois, começou a dar aulas de skate para adultos e crianças, quando substituiu o professor Miguel Zaffari, hoje técnico da seleção brasileira de skate.

O encontro com o Yoga

Por causa das lesões, resultado da prática do skate, Guto buscou o yoga para entender o seu corpo e encontrar uma forma de tratá-las.

Fez formação em massagem ayurvédica e sentiu na própria pele como a alimentação mais consciente, as respirações e as posturas do yoga melhoraram não só o seu desempenho no skate, mas curaram suas dores.

‘O corpo é uma ferramenta linda, que negligenciamos muitas vezes’, comenta Guto. Por isso, busca inspirar as pessoas a se alimentar melhor, a respirar, cuidar do corpo e da mente, aplicando a sabedoria do yoga no seu dia a dia e em suas aulas de skate.

Para ele, não tem como separar a saúde mental do corpo. A ideia é trazer a atenção ao físico — presença — porque são muitos elementos que nos levam para fora, causando um entorpecimento.

Lembra que se o corpo está em colapso, não tem como ficar tranquilo. Mas se nosso sistema está em harmonia, vamos ser mais leves, mais compassivos conosco e com o outro, melhorando também as nossas relações, pois a energia é contagiosa!

O equilíbrio entre corpo e mente

Muitos atletas, e não só no skate, recorrem ao yoga buscando o equilíbrio entre corpo e mente para melhorar o desempenho e minimizar o risco de lesões.

‘A diferença de ir mais tranquilo para uma sessão é que os movimentos ficam mais fluidos e a respiração mais ampla’.

O Yoga traz o yin para um esporte que é muito yang

Para finalizar, Guto ressalta que qualquer prática de esporte, assim como o skate, sempre vai ter desafio, risco e dor. Mas com atenção e cuidado — habilidades que o Yoga desenvolve — a evolução é mais prazerosa. Enjoy!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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