Verão consciente: dezembro laranja alerta para a prevenção
Primeiramente estamos início da estação mais quente do ano. Portanto, por ser um mês com datas festivas, férias e altas temperaturas, a exposição solar nesse período aumenta.
Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) escolheu o mês para a campanha “dezembro laranja”. A intenção da ação é estimular a prevenção e diagnóstico do câncer de pele. Segundo a SBD, o câncer de pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com milhares de novos casos todo ano.
Importância de conhecer o próprio corpo
Para a dermatologista Teresa Noviello, é de extrema importância que as pessoas conheçam o próprio corpo e saibam quais pintas ou sinais possuem, pois, dessa forma será mais fácil localizar quando uma nova surgir.
Ela, que também é diretora da Clínica Teresa Noviello e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que, quando isso acontecer, o indivíduo deve procurar um dermatologista, que irá analisar a lesão e diagnosticar o que ela representa.
Tipos mais comuns
Antes de mais nada, os cânceres de pele são divididos em três tipos mais comuns: o carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC) e o melanoma, sendo que os dois primeiros são menos letais e possuem maior incidência.
“O CBC costuma surgir nas áreas mais expostas ao sol, como face, pescoço, couro cabeludo, colo e ombros, e pode se caracterizar por uma pápula vermelha, brilhosa, com crosta e que pode sangrar.
Já o CEC, também costuma surgir nas áreas expostas, mas também tem grande incidência em áreas menos visíveis. Esse tipo habitualmente pode ser em tom avermelhado e em forma de feridas mais espessas, que não cicatrizam”, explica Teresa.
Melanoma
Ela conta que o melanoma é o tipo de câncer de pele com maior índice de mortalidade.
“Geralmente, esse tipo surge como uma pinta ou sinal, muitas vezes com aspecto e formato irregulares, com variações de cor e tamanho e que pode sangrar.
Sendo importante, então, a vigilância da própria pele, para a detecção precoce da doença”, diz.
Em todos os casos, a prevenção será sempre o melhor tratamento.
Como os cânceres de pele costumam estar ligados à exposição solar em excesso e sem proteção (além da exposição ao sol, o câncer de pele pode surgir devido a outros fatores, como doenças de pele, exposição a agentes químicos ou radiação),
Assim, o uso do protetor é fundamental independentemente da estação climática.
A radiação ultravioleta (UV) ocorre durante todo o ano, mesmo em estações mais frias e em dias nublados.
Já o UVB, por serem parcialmente absorvidos pela camada de ozônio, atinge a pele quando há menos nuvens, como é o caso do verão. Teresa Noviello ainda enfatiza que a exposição ao sol não é 100% perigosa, se tomadas algumas medidas.
“O sol, por exemplo, pode nos ajudar na manutenção da vitamina D, portanto ele não deve ser cortado totalmente.
Então, para evitar problemas futuros, deve-se sempre usar o protetor solar e optar pela exposição antes das 10h da manhã e após às 16h da tarde”, aconselha.
“O protetor deve ser receitado por um profissional dermatologista, após a avaliação da pele do paciente.
O tipo, se será creme, gel ou spray, irá depender da pele e da necessidade de cada um, o que é importante para a adesão ao uso, já que o fator de proteção (FPS) será de acordo com a sua exposição”, orienta.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.