Pandemia e o êxodo urbano
O sertanejo cansado da vida na roça atravessa a estrada em busca do sonho na cidade grande. Sabe esse paralelo que, ao longo dos anos, fez parte da história? Então, hoje em dia, ele deu lugar a um formato inverso.
Isso mesmo. Os moradores dos centros estão exaustos da rotina abarrotada. Portanto, em tempos de home office, a liberdade produtiva se tornou real para quem pode manter o formato de trabalho.
A vida longe dos grandes centros
Assim, surge o êxodo urbano, ou seja, um movimento das pessoas buscarem vida longe da cidade grande. Já faz um tempo que os excessos urbanos têm sido questionados.
Contudo, hoje, muitos com a saúde mental abalada, a busca por equilíbrio se tornou mais que necessária. Nesse contexto, a saída tem sido a vida no campo e cidades litorâneas menores.
As pessoas que buscam moradia longe do centro
Dentro de um paralelo, após a gripe espanhola, a população de Nova Iorque diminuiu cerca de 60%, entre 1920 e 1970. Ao que tudo indica, após a pandemia do novo coronavírus não será diferente.
O privilégio do êxodo urbano
Mas essa retomada para cidades menores não tem apenas ligação com estilo de vida. Algumas dessas pessoas estão desempregadas e a saída surge como uma alternativa de sobrevivência.
A escolha por um estilo de vida mais natural, para outros, surge como privilégio. Até porque, a opção só é possível para quem pode trabalhar home office – e pagar uma boa internet.
A desigualdade social na pandemia
Por outro lado, as pessoas que moram em favelas, na maioria das vezes, não se encaixam no perfil de trabalhadores home office. Assim como os estudantes sem acesso a uma internet de qualidade.
Prova que, mais uma vez, para as pessoas pobres do Brasil a realidade de isolamento social surge como uma utopia. E assim caminhamos para mais uma nova versão de estilo de vida, dentro da pandemia.
Pandemia e o êxodo urbano
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.