Quem julga será julgado. @porlucasmachado

Estou aqui para aprender não para julgar. Por Lucas Machado

Quem julga será julgado. Por Lucas Machado

As aparências gritam aquilo que a alma silencia e aos que estão habituados apenas ao óbvio, as aparências bastam. Paciência…não cabe a mim salvar a dignidade dos medíocres que julgam e julgam.

Já se tornou banal de tão recorrente o fato de ser mal interpretado por um sorriso um pouco mais audacioso, uma gargalhada considerada fora de hora, uma música cantada a plenos pulmões. Fazer o que você acha certo e que tá afim. Errar e pagar pelos seus erros.

Quem julga será julgado

Basta entrar de roupa no mar, tomar um banho de chuva em meio ao trânsito caótico, ou tirar alguém para dançar no meio de um ambiente sofisticado ao som de “New York New York” para ser alvo de olhares preconceituosos, assustados, assustadores e o pior, cheios de querer ser, mais com medo. Então, melhor julgar não é mesmo?

Enquanto o que de fato assusta é que as pessoas se esquecem de quem são, para se transformarem em um exército de robôs programados para falar baixo sobre elas e, alto sobre os outros. Falar o que as pessoas querem ouvir, não exprimir suas vontades, não ligar no dia seguinte, sentir saudades e não assumir, não admitirem o que pensam.

Pessoas

E mais.. usar apenas o que está na moda, falar as gírias do momento, ler apenas best sellers, ir aos eventos sociais mais badalados, manterem relacionamentos de aparência que “aparentem” a tão sonhada felicidade, fazer viagens periódicas de final de ano, ainda que para os mesmos lugares e cultivar o tédio da satisfação instantânea, sexo ou macarrão semipronto na prateleira mais próxima. E muitas vezes viver uma mentira. E mesmo assim, continuar julgando.

Todos extremamente modernos, cultos, sarados, bem colocados, ótimos de ver os defeitos nos outros e na maioria das vezes infelizes e cheios de verdades absolutas tipo: “aquela velha opinião formada sobre tudo”.

Melhor nos condenarmos aos comentários maldosos de segundos e terceiros que homogeneizar por conveniência. Quem pode falar de quem, não é mesmo?

Nada como ousar falar a verdade a alguém olhando-a nos olhos, desafiar-se a não ser hipócrita ao menos por um dia, dar flores, beber champagne no café da manhã, caminhar descalço pelas gramas da praça, colocar sal nas frutas.

Assumir uma preferência incomum sem receio de ser incomum, encharcar-se no chafariz mais próximo, jantar à luz de velas sem motivo algum, brincar de bola com os meninos na rua, brindar com os amigos o fato de ter amigos.

Dizer eu te amo sem receio do que isso possa causar aos corações mais recalcados, não se preocupar com as aparências, sentar-se na posição mais confortável, seduzir idosos com beijos e silêncios compartilhados, dar as mãos, encher balões de festas, abusar das cores, ir ao cinema em plena terça-feira, se emocionar com uma música, proclamar poemas e discursos em voz alta.

Escrever seus desejos no Box enfumaçado do chuveiro, ficar mais com seus pais, visitar museus, apreciar um pôr do sol, contar estrelas, ler poesias, se apaixonar, fazer um caminho diferente, correr riscos, sentir prazer, perder a vergonha, a compostura, a hora, os bons modos, o bom senso. Se perder para poder se achar.

Permitir-se o que não é permitido. Perguntar, questionar, se embriagar, se anestesiar mas sobretudo despertar-se para as pessoas no que há de melhor em cada uma delas.

Tocar e se deixar tocar, fazer piqueniques, andar de sk8, bike, tomar banhos de cachoeira. Entender a importância do NÃO É NÃO.

Não espere a hora mais adequada, o momento certo, o dia propício para ser livre, já que o único momento que temos de fato é o agora. Troque de perfume, de lugar, de estilo, de cor de cabelo, de ideias.

Recicle, imagine, coma algo novo, visite lugares inusitados, tire fotos, não se cale quando o coração gritar, não negue um beijo quando o corpo arder, não engula o choro, os desaforos, a falta da falta de noção.

Aprecie um arco-íris, um quadro, um lago e principalmente a companhia das pessoas. Esqueça o relógio, a agenda, o despertador, o celular, as regras de etiqueta, as leis de trânsito, a moral e os bons costumes, afrouxe a gravata.

Respire…Não resista, não evite, não desvie o olhar. Ainda que isso lhe custe algumas caras feias e despedidas urgentes. Como dizia, Alexandre Magnum (Chorão). “Eu to aqui para aprender, não para julgar”. Afinal, o julgamento é do outro mais a história é sua. Hasta !!

*Esse texto foi escrito por Lucas Machado, sem nenhuma espécie de inteligência artificial. 12/02/2024

Sobre Lucas Machado Instagram: LUCAS MACHADO

Sobre Lucas Machado: www.porlucasmachado.com.br

Quem julga será julgado. Por Lucas Machado

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