Batalha de poesias.
Apesar de ter nascido nos anos 80 o Slam chegou ao Brasil em meados de 2008.
No entanto para participar de um Slam você deve ter uma poesia autoral!
Ainda ela é apresentada na frente de jurados e do público. Quem tira a maior nota leva o prêmio!
A poesia lida durante o slam, definitivamente, envolve performance.
Logo, a maneira como suas frases são declamada, tanto quanto o que ele lê, faz toda diferença para o júri e claro, o público.
Mas poesia não é coisa da facul?
O slam foge do que é elitizado. Com o passar dos anos vimos o nascimento da literatura periférica, por motivos óbvios, elas vem das comunidades.
Demonstrando uma nova maneira de pensar e fazer poesia, saindo desse centro.
É muito comum que os Slams sejam confundidos com os Saraus ou até mesmo batalhas de Mcs.
Definitivamente, os saraus são responsáveis por espalhar a literatura pelas ruas, praças, eventos de tatuagem, dentre outros espaços urbanos.
O Slam é uma forma de socialização e libertação pessoal, sendo a força motriz que é capaz de empoderar jovens e porque não adultos.
Além de também ser uma ferramenta para superar obstáculos como a timidez e até mesmo a falta de exposição à poesia.
Sendo assim, o movimento é um forte aliado por questões sociais.
Então, o principal é o motor de visibilidade de negros, indígenas, pessoas com deficiência e meio ambiente, por exemplo, mas não se engane, a poesia pode ser sobre o que ela quiser!
É uma ferramenta de organização coletiva, que envolve a arte e a inspiração que ela nos trás.
Essa é a beleza da arte, que não se enquadra em nada e em tudo ao mesmo
tempo.
Um slam é um espaço de discussão livre sobre qualquer coisa: dor, amor, natureza, família; esses temas socialmente relacionados são comuns na poesia.
Logo, o surgimento de um slam para o público prova a organização coletiva em torno das artes, nesse caso em torno das palavras.
E no Slam não se tem meias palavras.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.